“Quero ver meu filho bem, perto de mim, aqui comigo. Sinto muita falta dele”, lamentou a mãe, em entrevista à TV Amapá. Segurando um exame de ultrassonografia feito quando ainda estava grávida, a adolescente diz que o filho apresentou sintomas da doença no período de gestação. Mas não houve diagnóstico.

Pedro Henrique está internado na UTI do Hospital Mãe Luzia, em Macapá (Foto: Rayane Sanches/Arquivo pessoal)

O parto do menino foi feito na casa onde a família mora, em uma região de periferia de Macapá, no bairro Congós, Zona Sul da cidade. A avó do bebê, Maria das Dores Gonçalves, de 36 anos, sustenta três filhos com a renda mensal de um salário mínimo. O pai do garoto, um jovem de 20 anos, está preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), pelo crime de roubo. Segundo Rayana, ele não sabe do estado de saúde do filho.

Após receber alta da UTI, o acompanhamento médico de Pedro Henrique deverá ser feito fora do estado, segundo informou o diretor da maternidade Mãe Luzia, Acimor Coutinho. Ele acrescenta que, caso seja necessário um “tratamento fisioterapêutico e nutricional” para o bebê, o governo do Amapá entrará em contato com redes hospitalares de outras regiões do Brasil para viabilizar o processo.

‘Ossos de vidro’
A osteogênese imperfeita é uma doença incurável que ocorre por uma deficiência na produção de colágeno, proteína que dá sustentação às células dos ossos, tendões e da pele. A enfermidade é rara e atinge cerca de 1 em cada 25 mil nascidos, segundo o diretor da maternidade de Macapá