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A mãe do jovem de 17 anos, suspeito de desferir cinco tesouradas no colega de classe também de 17 anos, dentro da Escola Clícia Gadelha, entregou o filho à polícia na última quinta-feira (21). O caso ocorreu na terça-feira (19), em Rio Branco e, desde o dia do crime, o adolescente estava desaparecido. Ao G1, a mãe do jovem, que prefere não se identificar, disse que descobriu onde o filho estava e o convenceu a acompanhá-la até a delegacia.

“Começaram uns boatos de onde meu filho estaria escondido, eu fui até lá e encontrei ele. É um bairro que eu não conheço e nem sei o nome, porque não costumo sair de casa. Coloquei ele no carro e levei para a delegacia. Eu nunca esperei isso do meu filho, mas aconteceu”, diz a mãe.

Ainda segundo a mãe, o filho deu depoimento ao delegado e contou o que motivou a dar tesouradas no colega. “Ele disse para o delegado que fez isso porque foi agredido, inclusive estava com o nariz quebrado. Falou que não tinha intenção de se vingar, e não ia contar nem para mim, nem para polícia, mas quando chegou na sala de aula, o rapaz ficou rindo dele e naquele momento pegou a tesoura que estava na bolsa, já que ele corta cabelo também, e resolver furar o rapaz”, conta.

De acordo com o delegado Rafael Pimentel, a polícia conversou com a mãe e solicitou que ela entregasse o filho. “Nós pedimos que ela apresentasse seu filho à delegacia, e informamos que seria melhor do que ele ser considerado um fugitivo encontrado pela polícia. Então, a mãe atendeu a esse pedido e resolveu entregar o jovem”, diz.

Ainda de acordo com Pimentel, as investigações do caso estão avançadas, na fase final, porém, ainda não é possível divulgar mais informações, nem mesmo o encaminhamento que vai ser dado ao jovem, pois é necessária a conclusão total das investigações. Ele ressaltou que espera divulgar mais detalhes sobre o suspeito na próxima semana.

O pai da vítima, Sebastião Alves da Silva, de 43 anos, informou ao G1 que o filho segue estável e permanece em um leito do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). “O médico nos disse que ele está reagindo bem, está melhorando. Ainda não temos a previsão de quando ele deve sair do hospital, já que uma das tesouradas perfurou o pulmão”, explica.