Dires-1

A situação é de quase absoluta improdutividade nas instalações da denominada Base Regional de Saúde [extinta 13ª Diretoria Regional de Saúde-Dires] de Jequié, desde que o órgão em decorrência do novo modelo adotado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), a exemplo ocorrido em outras 20 unidades congêneres que funcionavam no interior baiano, perdeu a autonomia de gestão. As ações da BRS em Jequié passaram para a jurisdição do 9º Núcleo Regional de Saúde-NRS, criado no início do atual governo município de Ilhéus. Desde o dia 25 de maio, um quadro funcional com aproximadamente 80 servidores de carreira do estado, se desloca diariamente até o prédio do órgão, mas, muito pouco consegue produzir. Devido a problema ocorrido na rede elétrica, o prédio está sem energia, inviabilizando o abastecimento de água por não funcionamento da bomba do tanque, com o comprometimento também da central telefônica, computadores etc.

Câmaras de refrigeração do "setor frio" foram desativadas e vacinas redistribuídas com outras unidades

A dependência denominada “rede fria”, onde eram armazenadas as vacinas foi desativada e os medicamentos  que se encontravam no local redistribuídos para unidades de Gandu, Itabuna, Ilhéus, Pieje (da Fundação Osvaldo Cruz)  e o Hospital Geral Prado Valadares. O setor de farmácia funciona em caráter precário, apesar de não dispor de energia, atendendo por  iniciativa dos funcionários para não inviabilizar totalmente o fornecimentos dos medicamentos aos pacientes. Os funcionários afirmam que já foram encaminhadas notificações da situação para o órgão central da Sesab e uma equipe técnica esteve no local mas nenhuma solução até o momento foi dada aos problemas.

Salas não dispõem de energia elétrica prejudicando o trabalho dos servidores

Os funcionários da saúde estadual em Jequié são unânimes em afirmar que, “a situação impossibilita o nosso trabalho. Estamos nos sentindo abandonados. Isso compromete inclusive o nosso psicológico. Chegamos todos os dias no local de trabalho e não temos o que fazer”. Eles reclamam também, da suspensão nos contracheques de  junho, do adicional de insalubridade reduzindo em 20% o salário da categoria.  Na área do prédio da extinta 13ª Dires também podem ser vistos veículos oficiais em desuso por falta de combustível e o matagal crescente na área, em decorrência da falta de manutenção do patrimônio público, que no passado era responsável pelas ações de 25 municípios, prestando  assessoria técnica e consultoria nas áreas de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e de atenção básica e no combate às endemias,  dentre outras tarefas.Fonte Jequié Reportér