Modelo é presa suspeita de aplicar golpes em clientes por redes sociais
Apelidada de Barbie, jovem já fez vítimas em GO, RJ e DF, afirma delegado.
Segundo a polícia, ela vendia produtos importados por meio de seus perfis.
A modelo fotográfica Bruna Cristine Menezes de Castro, de 25 anos, foi presa na terça-feira (11) suspeita de estelionato, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, a jovem apelidada de “Barbie” mantinha perfis nas redes sociais de venda de produtos importados e aplicava golpes em clientes de Goiás e outros estados.
Bruna Cristine foi presa suspeita de estelionato
(Foto: Reprodução/ Instagram)
O advogado de Bruna, Flávio Cavalcante, disse ao G1 que sua cliente admite somente parte das denúncias da polícia e adianta que “algumas acusações não são verdadeiras”.
No entanto, ele não entra em detalhes sobre quais crimes a modelo teria admitido ou negado. Cavalcante informou ainda que a jovem contribuirá com as investigações.
Vítimas
Responsável pela investigação, o titular da Delegacia Estadual de Defesa do Consumidor (Decon) Eduardo Prado contou que 20 moradores de Goiânia procuraram a polícia, desde abril deste ano, para denunciar a jovem. Só nestas vítimas, ela teria dado um prejuízo total de cerca de R$ 50 mil. O delegado também investiga um caso do Rio de Janeiro e dois de Brasília. Para ele, a modelo aplicava golpes há cerca de cinco anos.
“Ela usava desculpas como doenças de familiares para não entregar os pedidos dos clientes”, disse o delegado. Segundo Prado, a modelo chegou a alegar que ela e o pai tinham câncer, para evitar de entregar os produtos comprados. Ainda conforme o delegado, a suspeita usava contas de pessoas próximas para receber o dinheiro dos clientes.
Bruna foi detida na tarde de terça-feira em um apartamento do setor Jardim Goiás, em Goiânia(veja vídeo acima). O delegado acredita que ela estava se escondendo.
“No local havia apenas algumas roupas e objetos e ela estava sozinha. Quando nossa equipe chegou, ela apresentou uma identidade que não era dela, mas de uma prima”, afirmou.
Denúncias na web
As vítimas formaram grupos nas redes sociais para tentar evitar que Bruna fizesse novas vítimas. Pelas denúncias na internet, Prado estima que centenas de pessoas tiveram prejuízo com a modelo.
De acordo com o delegado, Bruna criava perfis com nomes falsos nas redes sociais para vender produtos como celulares, maquiagens e perfumes. “Em alguns perfis ela dizia que era Maria. Ela ia cancelando as contas e criando outros perfis”, afirmou.
Morador de Goiânia, o universitário Lucas Rodrigues Guimarães, de 20 anos, é uma das vítimas da jovem, conhecida como Bruna Cortês. Com amigos em comum, ele a conheceu em uma festa de aniversário e, cerca de três meses depois, resolveu comprar um celular dela.
“Queria comprar um Iphone 5S e ela disse que o tia dela podia trazer dos Estados Unidos um celular muito mais em conta do que compraria aqui [no Brasil]. Então, resolvi comprar”, disse o jovem ao G1, enquanto aguardava para prestar depoimento na Decon, em Goiânia.
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