whatsaapUma mulher grávida conseguiu direito a pensão alimentícia na 1ª Vara da Família e Sucessões do Foro Central de São Paulo usando como provas uma conversa no aplicativo Whatsapp. O suposto pai da criança é um programador com quem a mulher teve um breve relacionamento amoroso.

Na conversa por meio do aplicativo, o homem se mostrou reticente quando foi noticiado sobre a gravidez. Disse ser “difícil aceitar” a situação por ter “baixa fertilidade” e ter saído com a autora da ação “apenas quatro vezes”. No entanto, ainda usando o aplicativo, ele se comprometeu a pagar R$ 200 por mês para a mulher durante a gravidez.

“Quando nascer a gente vai fazer DNA e se for meu a gente tenta chegar num acordo”, disse o homem. A mulher, no entanto, não quis esperar e propôs um teste de paternidade durante a gestação, que ele não aceitou por não ver “necessidade”. “Olha, você tendo baixa [fertilidade] ou não, a gente faz o DNA. Porque eu tenho certeza e não tenho nada a esconder”, afirmou a gestante.

A juíza Eliane da Camara Leite Ferreira acatou as provas e sentenciou o homem a pagar 20% do valor do salário líquido. Em sua petição, a Defensoria afirma que a gestante passa por sérias dificuldades financeiras e lista as necessidades especiais que a condição da mulher confere: vitaminas especiais receitadas pelo médico, suplementação alimentar (ferro, ácido fólico, proteínas), exames médicos (pré-natais, ultrassonografias), medicamentos, bem como de recursos para custeio do enxoval e do transporte para a realização do acompanhamento médico, além de despesas com alimentação e vestuário (roupas específicas para grávidas, sapatos maiores em virtude de inchaço nos pés).