MÃE EXIGENTE

A escolha da foto foi proposital: porque ser uma mãe exigente não tem a ver com falta de carinho – muito pelo contrário!

Já te falaram que você é uma mãe chata? Pois eu já ouvi isso de algumas pessoas: que sou muito exigente com a pequena, que não facilito as coisas para ela, que não admito alguns tipos de comportamento aqui em casa. Como Catarina tem apenas 4 anos, ainda não houve tempo para que a própria me dissesse isso – mas tenho certeza de que, em algum momento (ou em vários!), daqui até os seus 15 anos de idade, terei a oportunidade de escutar bastante esse “elogio” da filhota (eu também já fui adolescente e lembro bem como essa fase funciona!).

Se a história é a mesma por aí, você vai gostar de saber que um estudo divulgado nesse ano pela Universidade de Essex, na Inglaterra, chegou à conclusão de que mães mais exigentes (ou “chatas”, como se diz por aí) criam filhas mais bem-sucedidas. Para obter esses resultados, os pesquisadores avaliaram cerca de 15.500 meninas entre 13 e 14 anos de idade – e, na maioria das vezes, elas relataram que eram suas mães as pessoas mais atuantes em sua educação.

A pesquisa determinou que as filhas que se sentiam mais exigidas por suas mães tiveram maior chance de chegar à faculdade, acabaram atingindo melhores cargos e salários, e também tiveram as menores taxas de gravidez na adolescência. Ou seja – bons motivos para ser aquele tipo de mãe que pega no pé, que acompanha, que estimula quando sabe que a filha pode fazer melhor, que está ao lado para dar apoio sempre que ela precisar.

Minha mãe foi exatamente assim como cada uma de suas três filhas, e hoje vejo que ela não poderia nos ter dado melhor presente! E é por isso que pretendo fazer o mesmo por Catarina.

Agora, quando alguém lhe disser que você é uma mãe chata, tem uma boa resposta na ponta da língua!