CemitérioA polícia investiga se o suicídio de um adolescente de 16 anos em cima de um túmulo de um cemitério em Varginha, no sul de Minas Gerais, está relacionada com um pacto de morte entre um grupo de jovens. A desconfiança foi levantada pela família durante o velório. Alguns conhecidos do jovem teriam dito à mãe do rapaz que ele fazia parte de um grupo que se desafiava a sentir dor.

Na internet, o jovem usava como nome de perfil um código secreto usado para identificar integrantes do grupo. Segundo a irmã de uma das meninas que integra a turma, eles encaravam a dor como um ato de coragem.

— É um grupo que cultua a morte. Para eles, suicídio é para quem tem mais coragem ou quem é o maior da turma. Eles confiam somente neles e acreditam que os familiares que querem ajudar não gostam deles. Eles apoiam a automutilação. Para eles, é bonito sentir dor (sic).

O grupo não se conhecia pessoalmente e se comunicava através de redes sociais, já que a maioria dos participantes mora em cidades diferentes. De acordo com a jovem, a intenção do pacto é a união dos cinco integrantes.

— A gente tá separado, só que nós estamos pra se encontrar, entende? Mesmo que não seja em vida.