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Na maioria dos casos, ingerir (acidentalmente ou não) o caroço ou as sementes de algumas frutas não faz mal para a saúde ou muito menos faz nascer um “pé” do fruto em sua barriga. Pelo contrário, segundos os especialistas, alguns oferecem tanto ou mais nutrientes do que a própria polpa. Basta evitar ingeri-los em grande quantidade.

O caroço do abacate, por exemplo, tem até 70% mais antioxidantes —que combatem o envelhecimento— que a própria fruta. Já as sementes da melancia, embora desprezadas, são ricas em vitaminas e sais minerais que ajudam a manter cabelo, unhas e pele saudáveis. Mas elas devem ser mastigadas ou batidas no liquidificador junto com a polpa para que seus nutrientes sejam absorvidos.

Então podemos comer sem preocupação? A verdade é que, embora não façam mal à saúde quando ingeridos com moderação, alguns caroços e sementes trazem, junto com os nutrientes, certos elementos “anti-nutricionais” que podem ser ligeiramente tóxicos.

É o caso das sementes da maçã. Dentro delas, existe um composto chamado amigdalina que, em contato com as enzimas do corpo humano libera o cianeto (que produz um gás venenoso). Mesmo em pequenas quantidades, o veneno pode matar.

Mas pode ficar calmo! Engolir uma ou duas sementes não fará mal. De acordo com um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, seria preciso comer 200 sementes de maçã, em média, para sentir os efeitos do gás —como falta de ar e convulsões.

Essa mesma substância também está presente no caroço da cereja, do damasco, do pêssego e nas sementes da pera. Por isso, o melhor é descartá-los.

A castanha de caju crua também é prejudicial ao organismo. Ela possui uma toxina chamada urushiol, que pode gerar dermatite ou inflamações na pele e, em último caso, até matar. Por isso, o ideal é que ela seja consumida após ser torrada.

Segundo os especialistas, a história de que engolir sementes pode dar apendicite não passa de um mito. A inflamação no apêndice (que é um prolongamento do intestino) é causada pela sua obstrução a partir de excesso de muco (vindo do intestino) ou pelo aumento do próprio tecido e não por sementes que possam chegar até lá, como muitos acreditam.