malafaia1“Nesta manhã fui acordado por um telefonema de que a Polícia Federal esteve na minha casa. Estou em São Paulo e vou me apresentar”. Desta forma o pastor Silas Malafaia descreveu sua primeira impressão sobre a Operação Timóteo, da Polícia Federal, que apresentou mandado de condução coercitiva contra o líder religioso, nesta manhã. Através de sua conta no Twitter, disse estar indignado com a ação, que investiga um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral.

Malafaia é suspeito de apoiar na lavagem do dinheiro do esquema, que recebeu valores do principal escritório de advocacia investigado. A suspeita a ser esclarecida pelos policiais é que este líder religioso pode ter “emprestado” contas correntes de uma instituição religiosa sob sua influência com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores.

O pastor afirmou no Twitter que recebeu ‘uma oferta de R$ 100 mil, de um membro da Igreja do meu amigo pastor Michael Abud’.

“Não sei e não conheço o que ele faz. Tanto é que o cheque foi depositado em conta. Por causa disso sou ladrão? Sou corrupto? Recebo ofertas de inúmeras pessoas”, anotou Malafaia.

O pastor prosseguiu. “E declaro no Imposto de Renda tudo o que recebo. Quer dizer que se alguém for bandido e me der uma oferta, sem eu saber a origem, sou bandido?”, questiona Malafaia.

“É a tentativa para me desmoralizar na opinião pública. Não poderia ter sido convidado para depor? Vergonhoso. Recebi um cheque de um advogado, como recebo, inúmeros ofertas e as declaro no IR. Sou responsável pela bandidagem de outros? Estou indignado.”