Ministro da Justiça, no entanto, disse que mais da metade dos mortos não tinha ligação com organizações criminosas
Foto: Sandro Pereira
José Melo (Pros), governador do Amazonas, estado palco da massacre a presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), se envolveu em mais uma polêmica nesta quarta-feira (04) ao afirmar que “não tinha nenhum santo” entre os mortos. Pelo menos 30 detentos foram degolados de forma cruel durante a rebelião.
“O que eu sei te dizer é que não tinha nenhum santo. Eram estupradores, eram matadores que estavam lá dentro e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria no Estado do Amazonas. Ontem, como uma medida de segurança, nós retiramos todos ainda ligados a essa facção e segregamos em outro presídio para evitar que continuasse acontecendo o pior”, disse.
Ele ainda frisou que a “guerra de facções” motivou a rebelião e se negou a falar sobre a informação fornecida pelo ministro da Justiça, Alexandre Moraes, de que mais da metade dos mortos não tinha ligação com organizações criminosas. “Eu não posso fazer nenhum comentário sobre o que o ministro falou”.
“O fato que aconteceu aqui em Manaus. que foi motivo de muita tristeza para todo mundo, foi a briga de facções criminosas, fato que começou em São Paulo, depois foi para o Rio de Janeiro, se espalhou pelo Nordeste, já aconteceu em todos os Estados do Norte. E o último é o Amazonas, que aconteceu numa violência sem comum”, completou.