sebrae
banner-130
engen22
mineraz
abril 2021
D S T Q Q S S
 123
45678910
11121314151617
18192021222324
252627282930  
17022028_1650269021949219_7964221707426653921_n
mais acessadas

:: abr/2021

ITAPETINGA: BOLETIM ATUALIZADO DA COVID-19

RK

ITAPETINGA: FOGO DESTRÓI ÁREA DE PASTAGEM NO CAMPUS DA UESB

Um incêndio de médias proporções destruiu parte de uma área de pastagem no Campus da UESB, em Itapetinga, na tarde deste sábado (10).

A área de pasto é utilizada pelo plantel de bovinos da universidade, utilizados em estudos e pesquisas do Curso de Zootecnia, um dos mais conceituados do país.

Em Contato com o Sudoeste Hoje, um dos professores da Uesb relatou que o fogo foi ateado fora do campus e que acabou ultrapassando o aceiro e invadido a área de pastagem da universidade.

Recentemente, uma área externa que fica às margens da rodovia BA-263 pegou fogo e destruiu inúmeras árvores plantadas pela universidade, ao longo de toda a cerca frontal do campus.

Funcionário e professora atuaram na tentativa de apagar o incêndio de hoje, mas o fogo só foi debelado no final da tarde.

A Polícia Civil esteve no local e deve investigar se o incêndio foi proposital ou espontâneo,  já que estamos no período de clima seco na região.

( Sudoeste Hoje )

RK

ITAPETINGA: VACINAÇÃO CONTRA COVID-19 PROSSEGUE PARA IDOSOS A PARTIR DE 60 ANOS

Uma nova faixa prioritária de idosos começa a ser contemplada, a partir desta segunda-feira (12), dentro do programa de vacinação contra a Covid-19, nos postos de saúde de Itapetinga.

O novo grupo a ser vacinado é formado por idosos a partir de 60 anos, para quem vai receber a primeira dose, e os de 70 anos ou mais, para a segunda dose.

Para os de 60 anos, será utilizada a vacina da Astrazeneca, nos postos Guilherme Dias, Nova Itapetinga e Vila Riachão. Já os que vão receber a 2ª dose, através da vacina Coronavac, os postos indicados são: Idalécio Andrade e Clodoaldo Costa. ( Redação Sudoeste Hoje)

RK

ITAPETINGA: PREFEITURA REALIZARÁ I DESAFIO VIRTUAL DE CICLISMO

Buscando fomentar a prática esportiva mesmo em tempo de pandemia, a prefeitura de Itapetinga realizará o I Desafio Virtual de Ciclismo. Os participantes deverão percorrer 30km em um percurso pré-definido pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer. Os resultados serão registrados através do aplicativo Strava e enviados à comissão organizadora que selecionará os vencedores.

A competição será dividida em três etapas: a fase classificatória acontecerá de 19 a 30 de abril. O 08 competidores que obtiverem os melhores resultados passarão para a semifinal, que será realizada entre os dias 08 e 14 de maio. Os quatro finalistas competirão entre os dias 22 e 28 de maio.

Os interessados poderão solicitar o formulário de inscrição através do whatsapp (77) 98152-3387. As inscrições são gratuitas e vão de 12 a 16 de abril.

RK

GOVERNADOR RUI COSTA PRORROGA TOQUE DE RECOLHER POR MAIS UMA SEMANA

Por decisão do governo da Bahia, o toque de recolher, a proibição das aulas presenciais e a suspensão de eventos está prorrogada em todo o estado.  As medidas, que venceriam nesta segunda-feira (12), passam a valer até 19 de abril. A prorrogação será publicada neste domingo (11), na versão on-line do Diário Oficial do Estado (DOE).

Também fica vedada a venda de bebida alcoólica em quaisquer estabelecimentos, inclusive por delivery, no período das 18h do dia 16 até as 5h de 19 de abril. No período das 20h às 5h, em toda a Bahia, segue restrita a locomoção de pessoas, sendo vedados a qualquer indivíduo a permanência e o trânsito em vias, equipamentos, locais e praças públicas.

Até o dia 19, além do toque de recolher também seguem proibidas as aulas presenciais e a prática de quaisquer atividades esportivas coletivas amadoras. No caso dos esportes, ficam autorizadas as práticas individuais, desde que não gerem aglomerações. Continua autorizado o funcionamento de academias e estabelecimentos voltados para a realização de atividades físicas, desde que limitada a ocupação ao máximo de 50% da capacidade do local, observados os protocolos sanitários estabelecidos.

11 DE ABRIL – DIA DO PREFEITO

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "OCO Hoje éo o dia de homenagear aquele que trabalha para fazer nossa cidade mais bela ejusta. 11 DE ABRIL, DIA DO 11DEABRIL,DIADOPREFEITO. PREFEITO. Parabéns prefeito Rodrigo Hagge!"

Rodrigo Hagge, assim como todos os profissionais que exercem um bom trabalho merecem reconhecimento, um bom prefeito que sabe administrar e zelar pela cidade merece ser reconhecido por todos os munícipes. , Sabemos que essa não é uma profissão fácil e que apesar de todas as dificuldades, vocês se esforçam para fazer um bom trabalho. Por isso os nossos mais sinceros parabéns!

RK

ESPECIALISTAS DESTACAM IMPORTÂNCIA DE EXERCER A FÉ DURANTE A PANDEMIA

Fé e espiritualidade podem ajudar as pessoas a manter a esperança viva em tempos difíceis

Manter a esperança e a espiritualidade pode ajudar a enfrentar medo e angústia causados pela covid-19

As restrições impostas à sociedade por causa da pandemia do novo coronavírus têm levantado debates sobre o que é essencial e o que pode ser fechado durante as fases mais duras do isolamento social. Nesta segunda-feira (5) o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar proibiu a realização de cultos, missas e outras cerimônias religiosas com presença de público em São Paulo, contrariando o que seu colega Nunes Marques havia decidido no sábado.

Para muitos profissionais que trabalham na área da saúde e desenvolvimento pessoal, a fé e a espiritualidade são importantes em momentos de angústia e incerteza social. Por isso, manter as igrejas e templos abertos é essencial neste momento, na opinião deles.

“A religião teve um papel crucial ao longo dos séculos, com os templos e igrejas abertos, mantendo as pessoas animadas, alegres. E deixar as igrejas fechadas tira isso das pessoas”, diz o pedagogo Felipe Nery, professor de Pós-Graduação na Faculdade de Direito da Universidade Católica Santo Toribio de Mongrovejo, em Lima, no Peru, e presidente do Instituto Sophia Perennis.

“Acredito que o ataque à fé tem sido imenso durante a pandemia e, para mim, é evidente que as igrejas, de modo geral, sempre tiveram papel fundamental nesses momentos de epidemias e pandemias na história da humanidade”, completa ele.

Ao defender a abertura de espaços religiosos, Felipe não descarta a ciência, pelo contrário. “A gente une as duas coisas, a razão e a fé. Elas não são inimigas, jamais serão. Fé e razão estão unidas”, acredita. E questiona: “Qual é a diferença entre estar sentado num templo assistindo a um culto e estar sentado na mesa de um restaurante?”

“O mais difícil para quem tem fé é não poder ir à igreja, ao templo, em busca de consolo, de conforto. Seu parente está no hospital e você não pode visitá-lo, não pode velar seus mortos e ainda está privado de encontrar acolhimento num espaço religioso. Isso não ajuda ninguém”, afirma Felipe.

Fé em primeiro lugar

O psiquiatra Davi Vidigal, com experiência de mais de 30 anos de atendimento em consultório, concorda com o pedagogo. Davi considera espaços religiosos essenciais para manter a esperança e acolher as pessoas, especialmente aquelas que tiveram perdas ou estão com medo da covid-19.

“Acho que as igrejas, em geral, deveriam estar com as portas abertas 24 horas por dia. Para ter lá uma figura religiosa que receba as pessoas, que as acolha, para oferecer um remédio para a alma”, diz ele.

O psiquiatra dedicou-se, há alguns anos, a pesquisas por todo o país. Numa delas, entrevistou mais de 1.200 pessoas com uma simples pergunta: ‘O que é felicidade para você?’. Como resposta, a fé apareceu em primeiro lugar, conta o médico.

Davi afirma que essa resposta espontânea confirma a sua observação em décadas de consultório. “Com meus pacientes, pude notar claramente a melhora daqueles que tinham fé e uma espiritualidade forte, independentemente de qual religião seguissem”, diz ele. “Em geral, eles tinham mais adesão ao tratamento e uma recuperação melhor”.

Templos abertos, mas sem aglomerar

Para a obstetra e ginecologista Julia Barbi Melim Marques, ter fé pode fazer a diferença na vida das pessoas. “Já temos artigos e pesquisas científicos que comprovam a importância da fé na melhora de pacientes, na prevenção da depressão”, afirma ela.

Julia acredita que, por isso, é muito importante que os espaços religiosos sejam reabertos com todos os cuidados para receber um menor número de pessoas, com respeito ao distanciamento social e sem promover aglomerações. “Se a gente for comparar, num restaurante, por exemplo, mesmo com restrições, as pessoas estão muito mais próximas e tiram a máscara para se alimentar. Isso não vai acontecer numa igreja”, afirma ela.

“Se há um templo aberto, uma igreja, e a pessoa puder separar um horário para ir lá numa semana, isso pode ter muito impacto na saúde emocional e no enfrentamento da pandemia”, defende Julia.

Davi concorda com a médica e afirma que, da mesma forma que temos de buscar, como seres humanos, um alimento saudável para o corpo, também temos de buscar um alimento para a alma. Por isso, Davi defende que igrejas e templos são serviços essenciais, “da mesma forma que mercados, farmácias, postos de gasolina e restaurantes com ocupação reduzida.”

“Se o ser humano perder a esperança, que está profundamente ligada à fé, o impacto negativo da pandemia será muito maior. A verdaderia fé é libertadora, faz a pessoa ir à luta e se posicionar, ir atrás de mudanças de hábitos, de recursos médicos”, acredita ele.

“Esta pandemia, pode ter certeza, vai passar e outras virão, como já vieram, e o mundo não acabou. A fé faz a gente ter essa clareza e ajuda a enfrentar melhor tudo o que estamos passando”, finaliza Davi.

SUPREMA CORTE DOS ESTADOS UNIDOS BARRA PELA 5ª VEZ A CALIFÓRNIA DE VETAR CULTOS

‘Templos de Deus não são menos essenciais que os templos comerciais’, dizem juízes em decisão

A Suprema Corte dos Estados Unidos barrou, no início da madrugada deste sábado (10), uma restrição imposta pelo governo do estado da Califórnia contra cultos religiosos e reuniões de grupos de estudos religiosos em residências. A medida fazia parte das políticas locais de combate à pandemia de covid-19.

Foi a quinta vez que a justiça americana derrubou decisões do governo local envolvendo vetos a reuniões religiosas. De acordo com a Corte, para a Califórnia aplicar restrições do tipo, deve provar que elas representam um perigo maior do que as atividades abertas. Os juízes afirmaram que o estado errou ao barrar esse tipo de reunião, assim como cultos em igrejas e sessões de cinema, ao mesmo tempo em que permitia que salões de beleza, restaurantes e outros estabelecimentos funcionassem, mesmo que com capacidade reduzida ou mesas ao ar livre. “Templos de Deus não são menos essenciais que os templos comerciais”, destaca a decisão dos juízes.

O resultado saiu por cinco votos a quatro. De acordo com a maioria, o estado estava infringindo os direitos de liberdade de expressão previstos na primeira emenda da Constituição, que incluem a liberdade religiosa.

O estado alegou que a medida valia para todos os tipos de reuniões dentro de domicílios particulares, incluindo festas e eventos familiares. As regras atuais preveem que pessoas de apenas três casas diferentes podem se reunir dentro de um local fechado. Os encontros para estudos bíblicos são uma tradição americana.

O MAL DENTRO DE CASA: A ROTINA DE VIOLÊNCIA QUE RESULTOU NA MORTE DE HENRY

Foi tudo muito rápido, a caminho da tragédia. Os dois se conheceram em setembro de 2020, em encontro intermediado por um primo dele. Passados apenas quatro meses, Jairo Souza Santos Júnior, o vereador carioca Dr. Jairinho, 43 anos, e a professora Monique Medeiros, 33, foram morar juntos: instalaram-se em janeiro com o filho dela, Henry Borel, 4 anos, em um apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um mês depois, Monique havia saído e recebeu mensagens da babá Thayná de Oliveira Ferreira pelo WhatsApp relatando uma sessão de tortura de seu menino por Jairinho, os dois trancados em um quarto. Não foi à polícia, não comentou com ninguém, nada fez. Em 8 de março, menos de um mês depois, Henry chegou morto ao hospital, com graves lesões internas e coberto de hematomas. Na quinta-feira 8 de abril, a Polícia Civil foi à casa de uma tia de Jairinho em Bangu, na Zona Oeste, munida de um pedido de prisão temporária de trinta dias, e lá deteve o casal.

**ATENÇÃO**NÃO REUTILIZAR ESTA IMAGEM, SUJEITO A COBRANÇA POR USO INDEVIDO**FOTO EXCLUSIVA PARA A UTILIZAÇÃO APENAS NA REVISTA VEJA**FIM DA LINHA - Jairinho e Monique são presos: indícios de plano de fuga – Vitor Brugger/AM Press & Images/Folhapress; Brenno Carvalho/Agência O Globo

Elaborado em cima de uma competente investigação da Polícia Civil do Rio, o mandado de prisão da dupla cita tentativas de atrapalhar as investigações e pressionar testemunhas. Na chegada dos agentes, aliás, o casal tentou se livrar de celulares, sem sucesso. Também tinham mochilas prontas, sugerindo planos de fuga. Segundo os policiais, a apuração ainda não está 100% concluída, mas, ao final, Jairinho e Monique devem ser indiciados por homicídio duplamente qualificado e tortura. Nesse caso, podem ser condenados a trinta anos de cadeia. “A Monique que eu conhecia, que a princípio se mostrou uma boa mãe, se tornou uma mulher horrível, tenebrosa”, disse a VEJA, chorando muito, o pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel, que foi casado com ela por oito anos.

A partir da recuperação de mensagens apagadas em celulares, da reconstituição da morte do menino, de dois laudos periciais e dos depoimentos de dezoito testemunhas, a polícia foi desvendando a trama de horrores que levou ao crime. Relatos diretos e indiretos sobre a convivência de Jairinho com a ex-mulher e duas ex-namoradas traçaram o retrato de um homem violento e sádico, que sistematicamente agredia crianças pequenas com chutes e pancadas. Versões diferentes dadas pelo casal para a morte de Henry (teria caído da cama, sofrido um mal súbito) foram desmontadas pela autópsia indicando hemorragia interna, laceração hepática e contusões. Antes de o óbito ser declarado, o vereador ainda ligou para um executivo da área da saúde e pediu, com urgência, que o corpo fosse liberado sem exame póstumo. Não conseguiu.

CÚMPLICES - Um casal sempre feliz: restaurantes e hotéis luxuosos -CÚMPLICES - Um casal sempre feliz: restaurantes e hotéis luxuosos – ./Reprodução

No testemunho que resultou no pedido de prisão temporária, a babá no início afirmou que a convivência de pai, mãe e padrasto era harmoniosa. Caiu em nítida contradição — e reafirmou suspeitas de coerção do casal — depois de serem recuperadas as mensagens de celular que trocara com Monique e que haviam sido deletadas. A conversa é clara e assustadora (veja a troca de mensagens). Jairinho se fechara em um quarto com Henry, a TV em alto volume. A mãe estava fora e, a distância, acompanhou toda a movimentação: o tempo que passaram trancados, o estado do menino quando saiu do quarto, os movimentos do vereador e as queixas do garoto. Ao deixar o apartamento, ela avisou que voltaria em seguida. A babá seguiu informando que Henry não queria sair de seu colo, insistia em ficar na cozinha, reclamava de dores. Monique pediu que ela perguntasse ao menino o tinha acontecido. “Me contou que deu uma banda (rasteira) e chutou ele, que toda vez faz isso”, foi a resposta. Também mandou foto de uma ferida no joelho do menino, disse que ele estava mancando e, no banho, havia pedido que não lavasse a cabeça, porque doía. Henry relatou ter sido ameaçado pelo padrasto, que teria lhe avisado: “Se você contar, eu vou te pegar”.

arte Whatsapp Henry

A primeira suspeita da polícia de envolvimento do vereador no crime partiu de queixas de Henry ao pai de que o “tio Jairinho” o maltratava. “A mãe dizia que ele estava inventando. Me martirizo todos os dias por não ter tomado uma atitude mais drástica”, lamenta Borel. Soube-se, depois, como revelou VEJA na semana passada, de outros casos de crueldade dele com crianças pequenas. Da parte dela, a frieza sempre foi vista como comprometedora. O silêncio diante da barbárie veio a confirmar sua participação, por omissão — a polícia não tem (ao menos, por enquanto) evidência de que ela fizesse parte das torturas.

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

O drama faz lembrar a noite terrível de março de 2008, em que a pequena Isabella Nardoni, de 5 anos, morreu ao cair da janela do 6º andar de um prédio, em São Paulo. Ao fim de um julgamento que mesmerizou o país, o pai, Alexandre, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram julgados culpados de homicídio doloso qualificado e condenados a cerca de trinta anos de prisão. Como explicar a crueldade sem tamanho de um pai ou mãe que tira a vida, por ação ou omissão, do filho indefeso? “É incompreensível que pessoas aparentemente normais exerçam o mal sem qualquer senso de culpa ou vergonha. A monstruosidade é inaceitável dentro da lógica civilizatória, pois é uma expressão da barbárie”, observa a antropóloga Mirian Goldenberg. Tanto no fim de Isabella quanto no de Henry, chama atenção o fato de os responsáveis serem pessoas normalíssimas no dia a dia. Monique deu aulas e chegou à direção de uma escola na Zona Oeste do Rio, onde era querida por alunos e respeitada pelos colegas de trabalho. Jairinho, no quinto mandato, era visto como um político equilibrado e conciliador. À luz das últimas descobertas, essas duas pessoas comuns parecem monstros abomináveis. “Pelas informações disponíveis, eles apresentam algum tipo de loucura. Um potencializa o que o outro tem de pior”, avalia a terapeuta de família Lidia Aratangy.

**ATENÇÃO**NÃO REUTILIZAR ESTA IMAGEM, SUJEITO A COBRANÇA POR USO INDEVIDO**FOTO EXCLUSIVA PARA A UTILIZAÇÃO APENAS NA REVISTA VEJA**RECONSTITUIÇÃO - Policiais reproduzem as cenas no apartamento, no dia da morte: o casal não apareceu – Domingos Peixoto/Agência O Globo

Para Lidia, o vereador passa a impressão de “se sentir invencível, por já ter agredido outros inocentes sem ter sido punido”. Já em Monique, observa uma atração extremada pelo poder e pelos confortos que o companheiro lhe proporcionava. No dia do enterro de Henry, 10 de março, ela esteve em um shopping center comprando camisetas customizadas, de grife, para usar no velório, onde fez uma entrada atrasada e, segundo quem estava lá, do tipo triunfal — de botas de salto alto, reluzente crucifixo de ouro, maquiada e penteada. Sentado sozinho, com mãos trêmulas e alheio aos parentes do menino, Jairinho foi o primeiro a chegar, acompanhado de seguranças, e partiu antes do enterro. Até então, o caso não tinha vindo a público. “Ninguém falou a causa da morte do menino. Foi muito estranho. O irmão pediu para não perguntar nada porque ela estava muito abalada”, diz uma amiga da família. Segundo a polícia, no dia seguinte, Monique foi a um salão de beleza e gastou 240 reais para fazer cabelo, pé e mão. Ela se refugiou na casa dos pais e Jairinho, na de parentes dele, todos no bairro de Bangu. Mas se viram com frequência — passaram a Sex­ta-Feira Santa juntos. Pouco antes da prisão, chegaram a ficar uns dias, só os dois, em uma casa do bairro. A polícia monitorava seus passos e acompanhou a ida do casal para a casa da tia, onde foram presos.

Depois de o caso vir à tona, Monique, preocupada com a imagem, disparou em um grupo de parentes e amigos no WhatsApp uma mensagem pedindo a todos “um grande favor”: “Preciso que escrevam uma declaração de como eu era com o Henry, pode ser até um momento que passamos juntos, algum dia reunido, qualquer coisa que mostre minha conduta”, escreveu no post ao qual VEJA teve acesso. Também pediu a familiares que viralizassem “vídeos da estratégia do advogado” e os vissem para “possíveis apontamentos de melhorias”. “Achei estranho que, em meio ao drama, ela tivesse cabeça para esse tipo de coisa”, diz um familiar.

MIMOS - Post de Monique exibe a bolsa Louis Vuitton (à esq.) e o prédio onde ela e o namorado moravam: atração por poder e riqueza -MIMOS - Post de Monique exibe a bolsa Louis Vuitton (à esq.) e o prédio onde ela e o namorado moravam: atração por poder e riqueza – Reprodução/Reprodução

Descrita como uma pessoa expansiva, sedutora e envolvente, Monique surpreendeu a todos desde o início pela falta de indignação diante do ocorrido, inclusive ao tomar conhecimento da perícia. “Ela não demonstrou nenhuma surpresa ou desespero”, conta uma amiga. A certa altura, foi às redes sociais não para desabafar, mas para publicar uma foto de copos de café gourmet escoltados por uma bolsa da grife Louis Vuitton sobre a mesa. “Quando vi a postagem do café, pensei: ‘Como assim, ela acabou de perder o filho’ ”, comenta uma pessoa próxima. Sob orientação de seu advogado, o mesmo do vereador, criou um perfil no Instagram com o nome inteiro do filho e postou dezoito fotos dos dois; duramente criticada, apagou tudo. Mas retornou em 6 de abril, com ví­deos do advogado descrevendo um roteiro minucioso da morte de Henry, segundo a versão de Monique e Jairinho. Em outra publicação, uma tristíssima foto mostra Henry segurando “um bonequinho de campanha”, diz a legenda, de Jairinho (que foi expulso do partido, o Solidariedade, e deve ter o caso levado ao Conselho de Ética da Câmara de Vereadores — do qual, aliás, faz parte). A reportagem de VEJA apurou que essa nova rodada de posts teve a orientação profissional de Lemuel Gonçalves, responsável pelas gravações usadas nas redes sociais do ex-prefeito Marcelo Crivella.

Amigas contam que, aproveitando as longas ausências de trabalho do então marido, Leniel Borel, Monique sempre se encontrou com outros homens. Conheceu Jairinho ainda casada com Borel e, segundo elas, encantou-se imediatamente pelo vereador, “homem educado, poderoso e rico”. Gabou-se à família de que ele tinha vários imóveis na cidade e lhe disse para escolher onde iriam viver juntos. Por sugestão dele, deixou o trabalho em uma escola pública, com salário de 4 000 reais, para assumir o cargo de assessora no Tribunal de Contas do Município, ganhando 16 000 reais. “Ela falou que teria de ir lá pelo menos uma vez por semana para fazer relatórios, mas que Jairinho, por ciúme, contratou uma pessoa para se encarregar do trabalho”, lembra um parente. Seu temperamento possessivo acendeu um alerta no entorno de Monique, conhecida pela vaidade — fez lipoaspiração no abdômen, pôs silicone nos seios e preencheu os lábios. Ela alardeava que ele havia contratado um detetive para segui-­la e mostrava como prova uma foto que ele lhe havia mandado, logo depois de chegar à academia de ginástica, reclamando: “Você acabou indo de shortinho, né?”. O relacionamento rendeu uma profusão de imagens em hotéis e restaurantes de luxo devidamente exibidas nas redes. Agora, com a suspeita de assassinato e tortura de uma criança indefesa, o casal terá uma rotina bem menos glamorosa.

BRASIL TEM A MENOR DIFERENÇA ENTRE NASCIDOS E MORTOS DA HISTÓRIA

Relação entre nascidos e mortos, que superava 200%, há 18 anos, no início da série histórica, caiu para 27% com avanço da pandemia

A diferença entre o número de registros de nascimento e de mortes no Brasil no mês de março é a menor já verificada no país desde o início da série histórica, em 2003, conforme dados do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais). O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (9).

No mês passado, foram lavradas 227.877 certidões de nascimento e 179.938 atestados de óbito. Com isso, a quantidade de nascidos superou a de mortos em apenas 27% no país — a queda da diferença em relação a março de 2020 foi de 72%. Para a entidade, os números demonstram o impacto da pandemia da covid-19 na demografia brasileira.

“Nos cartórios, temos sentido na prática esta diferença, com grande diminuição contínua dos nascimentos enquanto os óbitos dispararam e atingiram a maior marca da história do país”, declarou o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli. “O Cartório de Registro Civil foi um dos serviços essenciais, que não fechou em nenhum momento nesta pandemia, o que fez com que vivenciássemos na pele a realidade dura da pandemia que tem atingido tantas famílias brasileiras”, complementou.

Índices mais altos desde 2003

O portal da transparência da Arpen-Brasil tem base de dados abastecida em tempo real com registros de nascimentos, casamentos e óbitos nos Cartórios de Registro Civil do país. Os números são cruzados com as Estatísticas do Registro Civil do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em 2003, no início da série histórica, o número de nascimentos superava o de mortes em 200%. Na década de 2010, o intervalo caiu para 150%. Em 2020, baixou a 120%. Com o início da pandemia, a diferença caiu para 99%, em março; 65%, em julho; 57%, em dezembro; e agora, em março de 2021, chegou a 27%.

Avanço de mortes

Somente neste mês de março, foram emitidos 15.802 atestados de óbito contra 11.971 certidões de nascimento no território brasileiro — são 24% mais mortes que nascimentos. A marca já havia sido atingida pelo estado do Rio de Janeiro, nos meses de maio e dezembro de 2020 e em janeiro de 2021, e pelo Amazonas, em abril de 2020.

Em outros estados, também no mês de março, o avanço do número de mortes reduziu a diferença em relação ao de nascimentos. Houve apenas 4% mais nascimentos que mortes em São Paulo, 7% no Rio de Janeiro, 7% no Paraná e 8% em Goiás.

Book-Center-Itapetinga
cardioset
banner-12
banner--engenharia
ecologicar
mineraz


WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia