O governador do Tocantins, Mauro Carlesse

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Ministério Público Federal e a Polícia Federal realizam na manhã desta quarta-feira (20) uma operação para apurar uma organização criminosa suspeita de impedir ou obstruir investigações sobre atos ilícitos relacionados à cúpula do governo do Tocantins. Entre os alvos da ação estão o governador do estado, Mauro Carlesse (PSL), e o secretário da Segurança Pública, Cristiano Sampaio.

A corporação cumpre mandados de busca e apreensão em diversos endereços, entre eles a residência do governador e o Palácio Araguaia, sede do governo do estado.

Segundo o STJ, os inquéritos tramitam sob sigilo na Corte Especial do tribunal e apontam fortes indícios de pagamento de vantagens indevidas ligadas ao Plano de Saúde dos Servidores do Estado do Tocantins. As investigações também indicam haver uma estrutura montada para a lavagem de ativos e desvio de recursos públicos para o patrimônio dos investigados.

As investigações tiveram início há cerca de dois anos. De acordo com o STJ, a apuração mostrou que há um “vasto conjunto de elementos que demonstram um complexo aparelhamento da estrutura estatal voltado a permitir a continuidade de diversos esquemas criminosos comandados pelos principais investigados”.

A operação desta quarta busca obter novas provas e também pretende interromper a continuidade das ações criminosas, identificar e recuperar ativos frutos dos desvios, resguardar a aplicação da lei penal, a segurança de testemunhas e a retomada das instituições públicas.

RK