:: ‘Justiça’
Punição à “vingança pornô” na internet deve ser mais severa, diz especialista
Dalva Sele entrega ao MP-BA documentos que podem incriminar petistas
Na reportagem “A arte de roubar dos pobres”, publicada pela “Veja”, a presidente do Instituto Brasil contou como funcionava o esquema que supostamente desviou mais de R$ 6 milhões do Fundo de Combate à Pobreza para as campanhas eleitorais do PT, por meio de recursos de convênios para a construção de casas populares, que não eram feitas.
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Menores no crime: os bastidores da crise entre Justiça, Polícia e Estado
“Não sou pago pelo Estado para ser juiz-torturador nem tampouco juiz-vingador”. Esta foi uma das frases usadas pelo titular da Vara da Infância e da Juventude de Itabuna, Marcos Bandeira, numa entrevista ao Diário Bahia, sobre os bastidores de uma possível crise entre o Judiciário, o Estado e a Polícia Civil.
Ao fechar, recentemente, a Casa de Custódia (anexo ao Complexo Policial), o magistrado comprou, digamos, uma “queda de braço”, em nome do que rezam o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e as Convenções Internacionais de Direitos Humanos. Tais dispositivos garantem um atendimento especializado em casos envolvendo menores. De um lado, está o juiz, que luta pela construção de um centro destinado ao cumprimento de medidas socioeducativas. Do outro, o Estado resiste à iniciativa. E para completar a linha de conflito, chega a Polícia Civil, que decidiu não levar mais os menores condenados para Salvador.
E essa decisão foi tomada, justamente, após a Correcional ter sido interditada, no final de agosto. Segundo Bandeira, ele não teve outra escolha, pois os direitos garantidos a menores estavam sendo reiteradamente desrespeitados. A unidade apresentava, conforme constatado na inspeção, condições sub-humanas. O juiz relatou que o mau cheiro nas celas era tão forte que os próprios agentes da Vigilância Sanitária, que participaram da visita, não conseguiram permanecer lá dentro por mais de dois minutos.
“Verificamos que o local é insalubre, fétido, sem um mínimo de aeração e higienização. Não havia cama, nem colchão ou água. O adolescente dormia no cimento armado e só se alimentava, precariamente, uma vez por dia. Nem havia pessoas qualificadas para cuidar deles, pois até os parentes não tinham acesso para levar comida ou vestuário. Enfim, o tratamento dispensado era desumano, cruel e degradante. Não me restou alternativa”, resumiu o juiz.
Perguntamos, então, como ficará a situação dos menores infratores, apreendidos em flagrante, daqui para frente? Vale ressaltar que até os que estavam na custódia no dia da vistoria foram liberados. “A autoridade policial vai ouvir o adolescente e entregá-lo aos pais ou responsáveis, como acontece na maioria dos casos, sob termo de compromisso de que seja o mesmo apresentado ao Ministério Público, como manda o art. 174 do ECA”, explicou o magistrado.
Ele esclareceu que nos crimes considerados hediondos – homicídio, latrocínio e estupro, por exemplo –, o delegado deverá encaminhar o adolescente acusado ao Ministério Público. Por sua vez, o MP, de posse das provas, vai requerer o internamento provisório por 45 dias. A pena ou medida socioeducativa sempre é cumprida no Case (Atendimento Socioeducativo de Salvador).
Sensação de impunidade :: LEIA MAIS »
Blitz de IPVA será mantida, porém carros não poderão ficar apreendidos
Record tenta pagar pensão de Roy para evitar prisão de ex-Menudo
Advogados da Record estão negociando com a Justiça de São Paulo o pagamento de pensão alimentícia que o ex-Menudo Roy Rosselló deve ao filho de uma ex-mulher. A emissora tomou a decisão de pagar a dívida para evitar que o participante de A Fazenda 7 seja preso antes mesmo do programa desta noite, em que poderá ser eliminado pelo público, já que está na roça.
Nos bastidores da emissora, a expectativa na manhã desta quinta era a de que a prisão poderá ocorrer a qualquer momento. O artista teve prisão decretada na última terça (23) por não pagar pensão alimentícia para o filho que teve com uma ex-mulher.
A cúpula da Record decidiu ontem (24) à tarde entregar o ex-Menudo, depois de avaliar que não há medidas judiciais que possam ser tomadas pela emissora para evitar a prisão. A Record não irá oferecer resistência caso a polícia apareça no local em que o programa é gravado, em Itu (interior de São Paulo). Ontem à tarde, dois oficiais de Justiça foram até o confinamento do reality show e notificaram o ex-Menudo. A ação contra ele corre em Campinas (SP) desde maio. Se ele não pagar a pensão que deve, será preso.
Nos bastidores da Record, já é grande a movimentação em torno da possível prisão do cantor. Equipes de jornalistas já foram destacadas para cobrir a prisão e sua repercussão. Se ele não for preso antes da roça, poderá ser detido assim que deixar o programa, caso seja eliminado.
A informação de que Roy poderá ser preso a qualquer momento foi confirmada pelo Hoje Em Dia, após a publicação deste texto.
Denunciante do caso Instituto Brasil viajou para fora do país
Presidente do Instituto Brasil dará explicações ao Ministério Público da Bahia
A presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele, que delatou nomes de políticos baianos envolvidos em um esquema milionário de desvio de dinheiro, será convocada esta semana pelo Ministério Público da Bahia. Segundo a promotora Rita Tourinho, a delatora ainda não formalizou nenhuma denúncia ao órgão, mas pretende ouvi-la e a apresentação de provas.
“Até agora o que sabemos são informações pela imprensa. Vamos convocar a presidente para saber o que exatamente ela tem de informações para definir a linha de investigação”, explica a promotora ao Bocão News.
Ainda de acordo com Rita Tourinho já existe ação proposta na justiça estadual em relação ao convênio para construção de casas populares com recursos do governo estadual. A ação foi concluída com constatação de desvio de dinheiro. Em 2010, a entidade começou a ser investigada, mas não houve provas suficientes para o andamento do processo.
O Ministério Público Federal investiga a instituição em relação ao outro convênio para construção de casas populares com recursos da Caixa Econômica Federal. A partir desta segunda-feira (22), o órgão inicia novo procedimento de investigação.
Dalva Sele, em entrevista à revista VEJA, apontou o candidato ao governo do Estado da Bahia, Rui Costa, de ter participado juntamente com mais um senador, dois deputados federais e do ex-ministro da presidente Dilma Rousseff, Afonso Florence, que chefiava a pasta de Desenvolvimento Agrário. Eles teriam desviado verba pública para a construção de casas populares na Bahia.
OAB da Bahia obtém liminar que suspende Blitz do IPVA
Apreender veículo na via pública por débito de IPVA é o mesmo que expulsar o contribuinte de seu lar por débito do IPTU, diz Justiça
A juíza de Direito Maria Verônica Moreira Ramiro, da 11ª Vara da Fazenda Pública, deferiu liminar na sexta-feira (12) em uma Ação Civil Pública proposta pela OAB da Bahia, suspendendo as operações intituladas Blitz do IPVA, realizadas pelo Fisco estadual em todo o estado da Bahia.
Com a decisão, o Governo do Estado da Bahia deve cobrar o imposto utilizando meios previstos na legislação, abstendo-se de apreender os automóveis dos contribuintes baianos em razão do não pagamento do IPVA, sob pena de multa de R$ 50 mil por operação de blitz. De acordo com a juíza, “apreender veículo na via pública por débito de IPVA, é o mesmo que expulsar, sem qualquer prévio procedimento, o contribuinte de seu lar em caso de inadimplemento do IPTU”.
O envolvimento da OAB da Bahia no caso começou em novembro de 2013, quando, por iniciativa do conselheiro Domingo Arjones, o Conselho Pleno da OAB da Bahia encaminhou a questão da Blitz do IPVA à Comissão de Direito Tributário da instituição. A comissão é presidida pelo conselheiro seccional Oscar Mendonça, que elaborou um parecer apontando as ilegalidades nas operações.
O presidente da OAB da Bahia, Luiz Viana Queiroz, que é procurador do Estado, declarou-se impedido de analisar a questão e transferiu ao vice-presidente Fabrício Oliveira o comando das sessões do conselho que debateram e deliberaram sobre as blitz do IPVA.
O Conselho Pleno aprovou então o parecer da comissão e a proposição de uma ação judicial para questionar o ato de apreensão de veículos por parte do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) e Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz-BA), como forma coercitiva de cobrar o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), através das blitzen com a participação da Polícia Militar.
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