Documentos aproximam Lula da cadeia
Lula, depois de deixar a presidência, atuou em pelo menos duas ocasiões para beneficiar a Odebrecht.
O Globo obteve os telegramas diplomáticos que desmentem a alegação de ambos de que a atividade do petista para a empreiteira se resumia a dar palestras no exterior.
1) Portugal:
Lula e o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho – 24-4-2014 / Roberto Stuckert Filho
O embaixador brasileiro em Lisboa, Mario Vilalva, registrou a ação direta de Lula em favor da Odebrecht.
“Repercutiu positivamente na mídia recente declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à RTP no dia 27/04 último, no sentido de que o Brasil deve-se engajar mais ativamente na aquisição de estatais portuguesas. O ex-presidente também reforçou o interesse da Odebrecht pela EGF ao primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que reagiu positivamente ao pleito brasileiro.”
2) Cuba:
Calma, Raúl, deixa que eu resolvo
Diz o jornal: “O encarregado de negócios brasileiros em Cuba, Marcelo Câmara, num telegrama de 3 de março de 2014, informa sobre a visita que Lula fez à ilha entre os dias 24 e 27 de fevereiro do mesmo ano. Resumo da mensagem:
‘Tema central de suas interlocuções foi a prospecção de iniciativas para aperfeiçoamento da matriz energética à zona especial de Mariel, e o reforço da cultura de soja no país’.
Nessa viagem, ‘em atendimento a convite do governo local e com apoio do grupo COI/Odebrecht’, como descreve o documento, Lula foi acompanhado, entre outros, pelo senador Blairo Maggi (PR-MT) e pelo ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, que deixou o governo em 2007 acusado de receber propina para favorecer empresas com obras federais.”
Tem mais:
“Os documentos do Itamaraty registram ainda outras viagens de Lula a Cuba. Em junho de 2011, o ex-presidente foi recebido no hotel por Marcelo Odebrecht, presidente da empresa, e José Dirceu. ‘Em sua chegada ao hotel, Lula recebeu os cumprimentos do Senhor José Dirceu e do empresário Marcelo Odebrecht, Diretor-Presidente daquela construtora’, registrou o encarregado de negócios em Cuba na ocasião, Albino Poli Jr., em telegrama enviado para o ministério.”
3) Zimbábue
Mugabe e Lula: sem preconceito com ditaduras



























