:: 7/out/2016 . 20:49
Não foi suicídio! Cabo PM é preso pelo assassinato da itambeense Mikaely
No dia 31 de agosto 2016, a jovem itambeense Mikaely Steffany Ferraz Spinola, 22 anos, foi encontrada morta na cidade de Parauapebas/Pará, na Rua Amazonas no bairro Rio Verde, em sua residência, vítima de um disparo de arma de fogo. Com ela, no momento do disparo, estava o Cabo PM Gleidson Maciel (foto), lotado no 23º Batalhão de Polícia Militar de Parauapebas.
Na época, o caso foi tratado como suposto suicídio, já que, conforme depoimento prestado pelo militar, a jovem havia lhe enviado uma mensagem, via celular, minutos antes do disparo dando conotação de suicídio.
No mesmo dia, a delegada Yanna Kaline W. de Azevedo, da Polícia Civil em Parauapebas, solicitou que o Centro de Perícias Científicas Renata Chaves realizasse perícia de local de crime com cadáver e provas foram colhidas na tentativa de averiguar a afirmação do Cabo PM.
Em laudo pormenorizado de 26 laudas assinado pelo perito Celso Bandeira de Sá, o perito afirma categoricamente que, após analisar todas as provas, a posição em que o corpo foi encontrado, e simular situações que podem ter provocado a morte de Mikaely, chegou a conclusão de “tratar-se de morte violenta, do tipo HOMICÍDIO, pela ação de instrumento perfurocontundente (projétil de arma de fogo), no local e nas circunstâncias descritas no laudo”.
Afirma ainda o laudo: a forma e localização da lesão observada no cadáver são consideradas atípicas para a caracterização de um suicídio. Para corroborar a conclusão que foi homicídio, o perito cita que:
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Não havia sinais de arrombamento, ou de luta no imóvel;
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Não havia bilhetes ou medicamentos que pudessem corroborar com a tese de suicídio cometido pela vítima;
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As manchas de sangue na forma de projeções de alta energia na parede da cabeceira da cama e na forma de concentração impregnadas no lençol do colchão da cama sob a vítima indicam que ali foi o seu sítio de agressão;
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O disparo foi efetuado de forma encostada na região clavicular à direita, com o lado inferior da borda do cano da arma ligeiramente descolado da pele, o que ocasionou a zona de chamuscamento ao redor da ferida e o formato ligeiramente elíptico da lesão;
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A boca do cano da arma incidiu de forma oblíqua em relação ao eixo longitudinal do corpo naquela região anatômica, acompanhando o sentido do osso clavicular;
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A posição final de alojamento do projétil no interior do corpo (região escapular à direita) descreve um trajeto descendente e de tendência anterior/posterior (entrada na região clavicular à direita e alojamento na região escapular à direita)
Quanto aos testes simulados de ergonomia da vítima e agressor, admitindo-se as hipóteses de suicídio e homicídio e com a discussão relatada, o perito instrui que:
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A postura que a vítima teria que assumir com ambas as mãos , para produzir a lesão descrita, em caso de possível suicídio, revelaria um grau de dificuldade ergonômica extrema para a execução do movimento necessário;
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A forma e localização da lesão observada no cadáver são consideradas atípicas para a caracterização de suicídio;
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Sob a hipótese de homicídio, o agressor apresentava ergonomia compatível para posicionar a arma na posição (que provocaria os efeitos na lesão e o trajeto do projétil no corpo) e acionar o gatilho, sobretudo com a vítima com o tronco em elevação.
Justiça reconhece direito de dupla maternidade de casal de mulheres
A juíza da 1ª Vara de Família de Itabuna, Marina Kummer, reconheceu a dupla maternidade de uma criança e determinou que o Cartório de Registro Civil faça a certidão de nascimento. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) deu parecer favorável a constar na certidão de nascimento o nome das duas mães e seus quatro avós. As mães, Mayana e Lorena, antes, porém, precisaram enfrentar alguns obstáculos para registrar o filho, gerado a partir da reprodução assistida. O casal, que já havia feito a declaração de União Estável, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer a união estável de casais homoafetivos, pensou que seria natural registrar o filho, com o cumprimento de três exigências: declaração de nascido vivo, registro da união estável e declaração do diretor da clínica de reprodução assistida. Ao tentar fazer o registro, o oficial de Registro Civil solicitou documentos complementares, que contrariam as normas do Conselho Federal de Medicina e Bioética Internacional, como identificação do doador do sêmen. Segundo a advogada Jurema Cintra Barreto, a exigência não é feita para nenhum casal heterossexual que utiliza a reprodução assistida para ter filhos, configurando como ato discriminatório. Mesmo assim, o juiz da Vara de Registro Público concordou com a negativa, mas teve de anular a decisão, pois o Ministério Público não havia sido intimado, obrigatório nessas situações. O casal ajuizou uma ação para garantir o registro. O pedido foi acatado pela juíza Marina Kummer. Para a magistrada, Mayana, Lorena e o filho formam uma família que precisa ser protegida pelo Estado.
Garoto de 14 anos é baleado em troca de tiros com a polícia
Um adolescente de 14 anos foi baleado em uma troca de tiros com policiais militares na madrugada desta sexta-feira (7), em Vitória da Conquista. As informações são da assessoria da PM publicadas no portal G1.
De acordo com a polícia, agentes da 78ª CIPM foram acionados pelo Centro Integrado de Comunicação (CICOM) com informações de que três indivíduos estariam cometendo roubos no município. O trio teria roubado uma motocicleta, na Avenida Juracy Magalhães, e um veículo Fiat/Fiorino, no bairro Sobradinho, de onde fugiram em seguida.
A PM informou que uma guarnição do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) da 78ª CIPM fez um bloqueio no bairro Miro Cairo, onde o condutor do veículo roubado avançou contra os policiais militares em alta velocidade e perdeu o controle do veículo e bateu contra um muro.
Segundo a polícia, dois adolescentes que estavam dentro do veículo, de 15 e 17 anos, foram rendidos. Já o condutor do carro, atirou contra a guarnição e acabou baleado no revide. Ele foi socorrido pelos agentes para o Hospital Regional onde passou por atendimento médico e segue internado. O garoto não corre risco de morte.
Conforme a PM, os outros dois jovens foram apreendidos com um revólver calibre 38. Ele foram apresentados à 10ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin). Eles estão à disposição do Ministério Público.
Polícia apreende menor com lista de pessoas a serem executadas
A Polícia Militar apreendeu na manhã desta sexta-feira (7) um adolescente e descobriu com ele uma lista de cinco pessoas a serem executadas na cidade de Marcolândia, localizada a 414 km de Teresina. Segundo a Polícia Militar, com a apreensão do rapaz foi possível desvendar um crime que aconteceu no dia 26 de setembro, quando o corpo de um senhor, identificado como Antônio Ribeiro Leal, foi encontrado dentro de uma cisterna na zona rural de Araripina, no Pernambuco.
“Com a prisão, o adolescente nos contou que foi contratado, juntamente com um comparsa, pelo filho do senhor Antônio para matar ele e a sua esposa e que receberia o valor de R$ 6 mil, mas no dia só o senhor estava em casa. Ele foi morto por enforcamento e depois jogado dentro da cisterna próximo de sua residência. Pelo crime, a dupla recebeu apenas R$ 3 mil e ficou certo de matar a mulher nesta semana, mas conseguimos efetuar a sua prisão antes”, explicou o tenente Francisco de Assis, comandante da Polícia Militar de Marcolândia.
Conforme a polícia, a execução do senhor teria sido encomendada pelo próprio filho que tinha a intenção de ficar com a herança do pai. A madrasta só não foi morta, porque no dia do crime tinha ido para a zona urbana fazer compras.
O adolescente contou à polícia ainda que já estava contratado para realizar outros crimes. “Ele e um comparsa, também menor, moravam em uma casa no meio da mata e eram contratados para homicídios e assaltos. Segundo ele, já estavam contratados para executar cinco pessoas e por todos receberia um valor. Contou ainda que estava preparando dinamites para explodir a delegacia de Marcolândia”, informou o tenente.
Cinco ‘são eleitos’ para uma vaga de vereador em Alto Paraíso de Goiás
A Câmara Municipal de Alto Paraíso de Goiás, na área da Chapada dos Veadeiros, a 460 km de Goiânia, contará com uma nova experiência política nos próximos quatro anos. Se trata de um mandato coletivo, no qual cinco pessoas “foram eleitas” para ocupar uma das nove cadeiras de vereador. O advogado João Yuji, de 31 anos, é o representante legal do grupo e apareceu como o candidato nas urnas, mas diz que vai dividir as tarefas do cargo com os demais integrantes.
Apesar da proposta inovadora apresentada pelo grupo, um especialista ouvido pelo G1 explica que, perante a Justiça Eleitoral, apenas Yuji é considerado o responsável pelo mandato e os demais, conselheiros.