Famílias de pacientes com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol, substância tóxica encontrada em cervejas da Backer, reclamam da falta de auxílio da empresa. Uma das pessoas que apresentaram os sintomas é o dentista do Sul de Minas Ney Eduardo, que está em tratamento na capital.

“Dia 3 à noite, eu comecei a passar mal. No dia 4, eu estava péssimo e, daí por diante, só fui piorando, piorando. Veio a paralisia facial, sensação de rosto congelado. Depois dificuldade de paladar, visão turva, um pouco de surdez”, relatou o dentista à TV Globo nesta terça-feira (18).

São mais de 40 dias de investigação, mais de 41 lotes de cerveja contaminados por dietilenoglicol e pelo menos 33 casos suspeitos de intoxicação, com 6 possíveis mortes relacionadas ao consumo da cerveja até agora.

Ney e a família estão aliviados porque ele consegue falar e andar, ainda que com dificuldade. Mas já são mais de dois meses de tratamento, cinco deles na UTI. Ele consumiu a cerveja da Backer no ano passado.