:: 30/abr/2020 . 8:54

Em entrevista concedida hoje ao Jornal da Manhã da TV Bahia, o prefeito Rodrigo Hagge explicou a situação do velório em caixão aberto, de uma paciente de coronavírus.

Segundo o prefeito todas as orientações quanto à quantidade de pessoas presentes ao velório, que consta do decreto 084/2020, além da obrigação de se lacrar o caixão para o sepultamento foram passadas aos familiares e à agência funerária responsável pelos procedimentos.

O prefeito informou ainda que aproximadamente 20 pessoas estiveram presentes no velório que aconteceu em um cemitério particular, onde o corpo foi sepultado e que todos os presentes estão sendo monitorados, sendo que um desses teve material biológico coletado para análise.

O velório em caixão aberto de um paciente cujo óbito foi constatado como sendo de corrente do coronavírus teve ampla repercussão no Estado.

ÁUDIO:

Por Maurício Gohmes

Diante da proibição de frequentar estabelecimentos comerciais do Rio de Janeiro sem uso de máscaras, uma mulher recorreu a uma solução inusitada para tentar entrar em um supermercado: retirou a calcinha e a vestiu no rosto. A situação, gravada em vídeo e divulgada em redes sociais, ocorreu ontem à tarde.

Nas imagens, feitas em uma unidade do supermercado Guanabara, a cliente tem a entrada vetada pelos seguranças e segue até um canto, onde retira a peça por baixo do vestido, o ergue à vista dos vigias e coloca no rosto.

Procurada pelo UOL, a assessoria de imprensa do supermercado disse que a cliente não teve a entrada permitida mesmo após improvisar a calcinha no lugar da máscara. A unidade do ocorrido não foi informada.

“Como medida de proteção para todos os nossos funcionários e clientes, a rede não está permitindo a entrada sem uso de máscara nas suas 26 lojas, seguindo as recomendações dos órgãos de saúde e públicos”, disse a assessoria do Guanabara por meio de nota.

Não pode entrar sem máscara no Guanabara. Então, a mulher tirou a calcinha, fez de máscara e… pic.twitter.com/tF1jVn5dcf

— ROBERTO VIDAL (@RobertoVidall) April 29, 2020

O apresentador Sikêra Jr., que comanda o programa “Alerta Nacional” da RedeTV!, confirmou na tarde desta quarta-feira (29) que testou positivo para o novo coronavírus. Ele passou mal na última semana, tendo que ser substituído às pressas e, posteriormente, foi afastado pela cúpula da emissora.

“É uma surpresa, né? A gente acha que só pega fogo na casa do vizinho, né? E a vida me deu essa lição. A gente não acredita enquanto não acontece com a gente, né? A gente não acredita. Enquanto acontece com o nosso vizinho, normal. Mas quando acontece conosco, a história é outra. E é isso. Estou aqui, apesar de tanta especulação. Agora estou bem, estou bem acompanhado. Estou tomando a medicação, seguindo à risca o que eles me orientaram. Pedi a Deus que eu passe por essa. É um vírus longo, a ciência está brigando para conseguir uma fórmula nova”, disse ele.

Segundo o apresentador, seu primeiro exame para Covid-19 havia dado negativo, o que fez com que ele garantisse que o mal-estar seria apenas uma gripe, porém a contraprova confirmou o resultado positivo. Sikêra também desmentiu boatos de que estaria com os dois pulmões comprometidos.

O novo Boletim do InfoGripe, da Fiocruz, informa que há uma tendência de continuação da aceleração do espalhamento do coronavírus no Brasil, retomando a velocidade do início de março, antes das medidas de distanciamento social.

O boletim traz análises com base nos dados inseridos no Sivep-gripe até o dia 26 de abril. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo. O InfoGripe analisa casos notificados e mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e oferece uma indicação da epidemia, embora não considere todos os sintomas associados à Covid 19, mas apenas as internações de casos com febre, tosse, dor de garganta e dificuldade respiratória combinados.

Até o último domingo (26), foram notificados 44.700 casos de SRAG. Mas levando-se em conta a demora na notificação de todos os casos até o fim da semana epidemiológica 17 (19 a 25 de abril), o InfoGripe estima que os casos sejam cerca de 62.600.

O pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenador da plataforma InfoGripe, Marcelo Gomes, informa que podemos não chegar ao pico da doença. “É possível observar uma nítida tendência de crescimento da epidemia e não chegamos ao pico”, afirmou.