“Eu não sou um monstro, eu não sou um bicho. Eu sou um ser humano qualquer”. A declaração exclusiva ao CORREIO foi feita por Jasiane Silva Teixeira, a Dona Maria, apontada pela Polícia Civil como a maior traficante do estado.

Líder da facção Bonde do Neguinho (BDN), ela foi apresentada à imprensa, na manhã desta segunda-feira (30), na sede da Polícia Civil, na Piedade. Após ser descoberta em São Paulo, ela acabou presa junto com o namorado, uma das lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Dona Maria, como ficou conhecida no meio policial ao assumir o posto do ex-marido morto em confronto com a polícia, responde a três processos criminais, todos com mandado de prisão em aberto, um deles pela morte de um agente penitenciário. Ainda segundo a Polícia Civil, ela é responsável por ordenar diversas execuções na Bahia, principalmente na região de Vitória da Conquista, Sudoeste baiano.

Após a coletiva, falou ao CORREIO sobre sua situação e negou o vulgo a ela atribuído. “Meu nome é Jasiane Silva Teixeira. Desconheço esse vulgo Dona Maria. Se eu quisesse um vulgo, não seria esse. Isso foi através de uma escuta telefônica. Meu finado marido fazendo uma brincadeira, e já saiu uma reportagem assim que ele morreu [dizendo] ‘viúva de fulano de tal, Dona Maria’… Desconheço esse vulgo. Foi através de uma escuta telefônica. E a partir daí colocaram uma fama em mim da qual eu desconheço”.

Ainda de acordo com a polícia, além da Bahia, o BDN tem atuação em Minas Gerais e São Paulo. “A droga e as armas vinham da Colômbia, Venezuela, Peru e Bolívia para Vitória da Conquista, que era o centro de distribuição da facção. Tudo sob os olhares de Dona Maria”, declarou o delegado Marcelo Sansão, diretor do Draco.

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RK