Sistemas antiaéreos americanos Patriot instalados no aeroporto de Rzeszow-Jasionka, na Polônia

Em meio a um novo acirramento nos combates da Guerra da Ucrânia, o Ocidente demonstrou ter comprado a aposta feita no campo de batalha real e retórico por Vladimir Putin nas últimas semanas.

O chefe da diplomacia da União Europeia disse nesta quinta-feira (13) que um ataque nuclear russo contra o vizinho resultaria na “aniquilação” do Exército de Putin, e o primeiro-ministro alemão elevou o usual tom comedido e afirmou que a guerra do russo é “uma cruzada contra a democracia liberal”.

O espanhol Josep Borrell, alto representante da UE para assuntos estrangeiros e segurança, afirmou em Bruges (Bélgica) que “deve ficar claro que qualquer ataque nuclear contra a Ucrânia vai gerar uma resposta”. “Não será uma resposta nuclear, mas uma tão poderosa do lado militar que o Exército russo seria aniquilado”, afirmou.

É a declaração mais clara sobre o tema dada por uma autoridade ocidental até aqui. Os americanos, donos da bola quando o assunto é a defesa militar dos aliados europeus na Otan, já haviam falado em “consequências catastróficas” em caso de uso da bomba atômica, mas não as tinham desenhado em público.

RK