Os deputados estaduais referendaram a indicação do federal Mário Negromonte ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios na noite desta quarta-feira (28). Foram 47 votos favoráveis, 11 contrários, dois em branco, um nulo, uma abstenção e a deputada estadual Maria Luiza Orge (PSC) não está na Casa.

Antes da votação, um impasse suspendeu por 10 minutos a sessão da indicação de Negromonte. O deputado estadual Targino Machado (DEM) requeriu a impressão de novas cédulas que contivessem as opções de votar “sim” ou “não”. Tradicionalmente, quando só há um candidato, ou no caso de uma indicação, a cédula vem com a única opção para votar sim ou em branco, numa espécie de plebiscito.

Antes do pedido de confecção de novas cédulas, o debate entre Targino Machado e Mário Negromonte Júnior (PP) marcou a sesso. O demista subiu ao púlpito e revelou que sofreu diversas pressões e ameaças implícitas e explícitas para que naão fizesse o discurso questionando a indicação do governador Jaques Wagner.

De acordo com Targino, Negromonte deixa de preencher o critério de reputação ilibada quando tem um inquérito aberto pela Polícia Federal. Contudo, o.parlamentar deixou claro que Negromonte tem a presunção da inocência.

Filho de Negromonte, Mário Júnior subiu à tribuna para defender o indicado. De acordo com ele, nenhum processo foi aberto seja pela PF, TCU ou pedido ao Ministério Público contra o pai. Disse ainda que a hisória do pai fala por si e que quando pediram para Negromonte fazer algo contrário às suas convicções solicitou a exoneração. “Se alguém alguma vez tinha dúvida do caráter, este é o maior exemplo de que ele tem. Negromonte, se tivesse algum malfeito, teria avisado ao governador para nao constrange-lo”.

Targino declarou ainda que precisava se pronunciar “para não ser comparado a aqueles que fazem desta uma casa de compadres”. ” Existem pessoas que têm preço, outras têm valor”.