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Cadastradas no programa de habitação Minha Casa Minha Vida, cerca de 100 famílias tomaram o Conjunto LO em Fazenda Grande III, na localidade do Pistão, às 4h desta segunda-feira (21) como forma de protesto. Elas alegam descaso do governo em entregar suas moradias em tempo hábil.
Auxiliar de padeiro atualmente desempregado, Edmar Santos não faz parte da ocupação, mas acompanha o caso do lado de fora e também se diz vítima. “As autoridades competentes não cumpriram com sua palavra. E já cortaram água e não estão deixando entrar alimentos [para quem está na ocupação], tem pessoas que precisam de insulina e os policiais militares não tem deixado entrar medicamentos. Segundo eles, a ordem veio de cima, mas eles não disseram de onde”, conta.
Edmar disse que seu nome foi oficializado no programa do governo federal em 2009 e que seu nome apareceu no Diário Oficial anos mais tarde, mas até o momento não ganhou a habitação. A reportagem do Bocão News tentou contato com a Polícia Militar, mas não conseguiu.Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur) deu sua versão sobre as críticas feitas pelos inscritos no Minha Casa Minha Vida. “A Secretaria de Desenvolvimento Urbano, através da Superintendência de Habitação, tem acompanhado esse processo, através de reuniões com os representantes dos movimentos sociais. Um acordo com as Mães de Valéria e Adjacências vem sendo elaborado. O acordo prevê que as famílias em situação mais urgente ganhem prioridade nos próximos empreendimentos de responsabilidade do Governo do Estado, como é o caso do Conjunto Habitacional O. A lista vem sendo elaborada pela SEDUR, seguindo as recomendações específicas do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, como cadastro regularizado, posição na fila de espera, entre outros”.As famílias que ocuparam o conjunto fizeram um vídeo de esclarecimento. Confira abaixo: