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O líder do PMDB no Senado e relator da Medida Provisória nº 670 (que altera a tabela do imposto de renda),  Eunício Oliveira (CE), costura um acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Palácio do Planalto para incorporar na proposta uma emenda que garanta energia barata, fornecida pela Chesf, subsidiária da Eletrobras, a indústrias eletrointensivas instaladas no Nordeste. Em janeiro, a presidente Dilma vetou dois artigos de outra MP, a 656, que estendia até 2042 a vigência de acordo entre a Chesf e as empresas. Diante do veto, os contratos continuam valendo até o dia 30 deste mês. Mas, desde então, o governo se comprometeu nos bastidores a incluir uma proposta para as empresas em uma MP. Atualmente, as chamadas indústrias eletrointensivas do Nordeste pagam R$ 110 por megawatt-hora (MWh). Com o fim do contrato, a Chesf passará a ser entregue em cotas, a R$ 30 por MWh, para as distribuidoras, que atendem o consumidor final. As empresas, que só se instalaram no Nordeste pelo subsídio no preço da energia, ameaçam demitir e fechar unidades caso o preço do insumo cresça.