As exportações de calçados tiveram um relevante aumento em maio. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), foram 7,6 milhões de pares vendidos pelo valor de US$ 70 milhões. Houve incremento de 24,7% em receita, e em 19% em pares, com relação ao mês de maio de 2018.

Ao longo de 2019, nos cinco primeiros meses, o Brasil já exportou 52 milhões de pares, com valores de US$ 415,24 milhões. Estes números geraram aumento de 11% na produção vendida e de 3,7 em receita, se comparados com o mesmo período do ano passado.

Os Estados Unidos seguem como o maior comprador dos calçados brasileiros. Somente em maio, os norte-americanos compraram 782 mil pares, e pagaram US$ 14,7 milhões pelos produtos nacionais. Comparados com o mesmo período do ano anterior, estes resultados superam em aumento de volume de 63,7%, e de receita de 80%.

A justificativa para esta elevada compra do produto nacional pelos Estados Unidos está na guerra comercial que aquele país está travando com a China, como aponta o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein. Ele lembra que os norte-americanos são os maiores consumidores de calçados no mundo, e que por conta do entrave com a nação asiática, estão substituindo os seus fornecedores. “Os Estados Unidos importam mais de 2,3 bilhões de pares por ano, mais de 70% deles da China. Então o impacto é muito significativo”,
explica.

Origens e destinos

Entre janeiro e maio, quem segue como o maior exportador de calçados no Brasil entre os estados é o Rio Grande do Sul, com 12,17 milhões de pares, e vendas em US$ 181,23 milhões. A segunda posição é do Ceará, que vendeu 19,53 milhões de pares por
US$ 115,8 milhões. Em terceiro está o Estado de São Paulo, com vendas de 3,3 milhões de pares por US$ 44,18 milhões.

Os Estados Unidos foram os maiores compradores nos cinco primeiros meses do ano. Eles adquiriram 52 milhões de pares, pelo preço de US$ 415,24 milhões. Em segundo lugar está a Argentina, que importou 3 milhões de pares por US$ 38,66 milhões. Na terceira colocação está a Bolívia, que adquiriu 3,69 milhões de pares, pelo valor de US$ 21,95
milhões.

RK