DECADÊNCIA DA GLOBO. TV WA TOMA SELEÇÃO NAS ELIMINATÓRIAS
Desde maio de 2015, quando houve a devassa na cúpula da Fifa e confederações do mundo todo, principalmente a Conmebol, as negociações de transmissões de futebol ficaram mais transparentes.
A tradição, influência, bom relacionamento, parcerias históricas foram deixados de lado. Passou a valer a livre concorrência, o que coincidiu justamente com a decadência financeira da TV Globo.
A Globo não teve dinheiro para pagar todos os jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar. Apenas os que acontecem no país. O investimento a mais foi no jogo em Buenos Aires, contra a Argentina.
Por isso mostrou os confrontos contra a Bolívia e Venezuela. Tanto na tevê aberta como na fechada, pelo Sportv.
Desmoralizada, voltou a negociar com a Mediapro, empresa que negocia as partidas das Eliminatórias pela Conmebol. Queria reverter a situação neste ano.
Usar sua tradição no futebol para retomar os seis jogos restantes. Contra Colômbia, Equador, Bolívia, Venezuela, Chile e Paraguai. Queria só estas partidas. O filé do filé.
Não os 50 jogos restantes, confrontos entre os adversários.
Os executivos da Mediapro foram claros. Não quiseram saber de tradição, de história, de ligação umbilical com a seleção.
Em vez de 15 milhões de dólares, R$ 81 milhões, a Mediapro aceitava 11 milhões de dólares, cerca de R$ 60 milhões. Desconto pela pandemia.
Mas a Globo não teve esse dinheiro. E, de surpresa, a TV WA, bancou os 11 milhões de dólares para a Mediapro.
Ficou com os 56 jogos. Incluindo os da seleção brasileira.
A TV Walter Abrahão pertence ao empresário Walter Abrahão Filho, que a comprou do filho do ex-presidente Lula, Fábio Luís da Silva. A emissora tinha o nome de Play TV, que durou de 2008 a até 2020.
RK