Intranquilidade, ato falho, tanto faz. Não importa. O episodio em que o prefeito ACM Neto chama Paulo Souto de governador vem levantando especulação de que ele já escolheu o candidato da oposição, embora o anúncio só seja feito entre quarta-feira e sexta dessa semana.

Na última sexta-feira à noite, durante posse da nova diretoria da Ademi, Neto cravou: “Quero cumprimentar o secretário James Correia, que aqui está representando o governador Paulo Souto…”. Na mesma hora em que viu a derrapada – se é que se pode chamar assim – ele fez a emenda, que ficou pior  do que o soneto. “Desculpe, Eu estava agora numa reunião para a escolha do candidato [da oposição] e fiquei com isso na cabeça”.

Para bom entendedor, Chico quer dizer Francisco. Ou Neto optou por Paulo Souto ou gostaria do fundo da alma que Souto fosse o candidato. Entretanto, a escolha não é simples. Ao optar por Souto, Neto pode ver o PMDB desembarcar de mala e cuia do tão sohando projeto de unidade da oposição para desbamcar o petismo na Bahia.

O PMDB é um partido grande, com número razoável de prefeitos e de tempo na TV. Perder isso não será coisa fácil. Daí a demora para anunciar a chapa. Para ajudar o prefeito a escolher seu nome, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) andou procurando o deputado federal Antonio Imbassahy para convencê-lo a ser candidato ao Senado na chapa da oposição, já que Souto não toparia ir para Brasília. Essa seria uma maneira do peemedebista ajudar Neto a montar a chapa, com ele a encabeçando, claro.

Apesar de essa informação circular no meio político desde a semana passada, Geddel não confirma e nem desmente. Tampouco Imbassahy. Certo apenas é que essa novela terá seu capítulo final até a sexta-feira (4).