Uma criança de três anos foi morta espancada pela mãe e o padrasto no sábado (14) dentro de um suposto prostíbulo. Segundo a polícia, ambos confirmaram o crime, mas contaram versões diferentes. Rayana Cristina Ferreira de Lima, que tem ainda outro filho, disse que apenas Erik Leite de Carvalho, com quem mantinha um relacionamento, agrediu a menina. O caso aconteceu no Vale do Ribeira, interior de São Paulo.
“A mãe disse que só o padrastro espancou a menina e que ele pediu para ela ocultar a história. Já o homem admitiu que bateu na criança até a morte, porque era madrugada e ela não parava de chorar. Contou que havia bebido e se drogado com cocaína. No entanto, ele diz que a mãe também ajudou a espancar, que quando a menina parou de chorar, eles pararam de bater”, relata Tedi Wilson Andrade, delegado responsável pelo caso.
Já sobre o fato do bar ser um prostíbulo, a informação está sendo investigada. “Se trata de uma lanchonete, um bar. Eu questionei a proprietária do estabelecimento, mas ela tem alvará de funcionamento do local como um bar. Nos fundos há seis quartos. A dona alega que a mãe chegou há 20 dias e que ela trabalharia no balcão para pagar a estadia. Agora, se há encontros amorosos no local, é uma situação que ainda temos que apurar. Pelo que pude constatar, é um bar mesmo, com estrutura bem precária até”, completa.
O delegado disse ainda que tanto a mãe, quanto o padrasto, foram frios em seus depoimentos. “Ao contar o que aconteceu, ele foi frio, falou como se nada tivesse acontecido. A mãe também foi fria, sem remorsos. Ela só chorou uma vez, quando viu a criança, mas a reação dela não foi de desespero”, comenta.
Já sobre o andamento das investigações, Tedi espera o resultado de exames periciais para saber se a criança foi abusada sexualmente. “Temos a hipótese de ter havido violência sexual, mas só poderemos comprovar a história quando sair o exame pericial”, relata.