Agora você vai conhecer o encantador de serpentes que resgata espécies mortais todos os dias – apesar de ser alérgico à maioria dos anti-venenos. Humble Balasubramaniam começou a pegar os animais com mais de 30 anos, e acredita que até agora libertou mais de 40 mil serpentes de dentro de casas na cidade de Mysore, no sul da Índia.

O homem só foi picado quatro vezes. Ele sofre de reação alérgica grave aos medicamentos contra o veneno das serpentes, o que pode até lhe ocasionar a morte. Mas apesar dos perigos, ele se recusa a parar.

O homem diz que executa o trabalho por amor pelos animais, que foram deslocadas pela humanidade. “Cobras não são tão venenosas quanto seres humanos”, disse ele. “Eu não temo ser mordido – cobras são nossas amigas. Elas estão por toda parte ao redor de Mysore. Nós somos os invasores – que a tiramos de suas casas e agora elas não têm para onde ir -. Então eu ajudo a devolvê-las em paz para o que resta de seu habitat”, comenta.

Humble Balasubramaniam é alérgico a medicamentos contra veneno de cobra, mas mesmo assim continua a retirar serpentes invasoras de casas na Índia.

Acredita-se que existam cerca de 25 espécies de serpentes em Mysore, incluindo várias não venenosas ou quase inofensivas. Mas a cidade também tem vários animais altamente perigosos.

Os animais muitas vezes optam por viver perto de assentamentos humanos, se enterram na areia e são rápidos para morder quando se sentem ameaçados. Balasubramaniam já resgatou cerca de 10 cobras por dia de casas, escolas e locais de trabalho em torno da cidade.

Para demonstrar sua coragem ele até beija cabeças das serpentes para provar que elas não podem machucá-lo.

Seu filho também começou a capturar cobras até que foi desencorajado pelo pai – que realiza seus trabalhos enquanto transporta crianças para a escola em seu táxi.

“Eu raramente tenho um dia de folga. Nos meus dias mais movimentados posso assistir mais de 20 chamadas e viajar mais de 80 km em toda a cidade. Alguns dias eu posso obter apenas uma chamada, outros dez, mas nunca passa um dia em que eu não receba um telefonema de pessoas em dificuldades que precisam de ajuda para remover uma cobra,” finaliza.

O homem não recebe dinheiro para remover as cobras, mas sim pequenas doações. Ele diz que se passar a cobrar, as pessoas começarão a matar as cobras ao invés de resgatá-las.