Um homem conhecido como “Cominho” é apontado como o principal suspeito de organizar a chacina que matou seis pessoas e deixou duas mulheres feridas na Rua da Guiné, ligação entre Periperi e Alto de Coutos, no subúrbio ferroviário de Salvador. O crime ocorreu na noite de sábado (9) e é investigado por uma equipe de três delegados do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

De acordo com o delegado Jorge Figueredo, diretor do DHPP, “Cominho” está preso há anos e, com a saída temporária concedida pela Justiça para o Dia dos Pais, viu a oportunidade de ajustar a rivalidade que mantém com uma pessoa chamada “Leno”. “Logo quando aconteceu o fato, investigadores se deslocaram para o local. Ele está preso há muitos anos, acho que já há seis. É uma pessoa de alta periculosidade. Ele não foi conquistar o território, porque tinha pedido há muito tempo”, afirma o delegado.

O diretor do DHPP informa que, entre os feridos, uma pequena parte é associada ao tráfico de drogas. Logo em seguida, a casa do pai de “Cominho”, que fica na região, foi incendiada por um grupo ligado à quadrilha de “Leno”, em retaliação à ação anterior. Não há informações sobre a quantidade de suspeitos que participaram da ação. A polícia está na rua, mas não há informações de prisões até o momento.

Marcas de tiros de chacina do subúrbio ferroviário
(Foto: Imagem/TV Bahia)

Ao invadir a festa, os homens armados atiraram diversas vezes, aleatoriamente, contra as pessoas presentes.

Segundo informações de pessoas que moram no local, mas que não querem se identificar, o homem que os criminosos procuravam não estava dentro da casa. Testemunhas informam ainda que, dentre os seis, uma das vítimas é um homem que passava rua e foi atingida por dois tiros, sem ter qualquer relação com a festa de aniversário ou pessoas envolvidas.

De acordo com a polícia, os nomes das vítimas são Adoniran dos Reis Santos, de 35 anos; Ricardo Carvalho Silva, 31 anos; Marcos Antônio Silva Santos, 32 anos; Alessandro Reis dos Anjos, 29 anos; Amanda Reis dos Anjos, 21 anos; e Edmilson Santos dos Anjos, de 52 anos. No DPT, a família de Edmilson informou é quem não tinha envolvimento com a história e foi vítima dos criminosos.

Dentre as duas vítimas socorridas para o Hospital do Subúrbio, uma já teve alta e outra está no setor de ortopedia, segundo informações da unidade de saúde. Os corpos são periciados no Departamento de Polícia Técnica (DPT).