Jovem de 17 anos registrou tudo. Ela vai responder ato infracional por maus tratos

Gato foi pendurado com patas amarradas
(Foto: Reprodução/YouTube)

Uma adolescente de 17 anos foi ouvida na delegacia de Arraial D’Ajuda por conta da denúncia de ter torturado e matado um gato na cidade. A jovem, que filmou tudo, assumiu o crime e disse que estava indignada porque o animal teria matado um dos seus coelhinhos da índia, além de entrar na sua casa quando a porta estava aberta e roubar comida.

O caso foi há meses, mas o vídeo só começou a circular na cidade esta semana, depois que a adolescente perdeu o cartão de memória do celular onde registrou as cenas. Com o vídeo causando muita polêmica pela cidade, a ONG Anjos D’Ajuda, fundada por uma estrangeira, fez uma denúncia na delegacia, que localizou a adolescente.

Segundo o delegado Sinézio Vieira Junior, a adolescente foi à delegacia prestar depoimento acompanhada da mãe. A garota responderá a ato infracional por maus tratos, conforme prevê o Código Penal. A mãe afirmou ter ficado surpresa porque a filha é comportada e sempre se deu bem com os animais.

No depoimento, a adolescente contou que a mãe tem vários cães e alguns coelhinhos da índia e que o gato estranho teria atacado um dos coelhos, o que a deixou com muita raiva. Logo depois, o animal voltou a entrar na casa, subindo em móveis e comendo coisas. Ela então pegou o gato, amarrou as patas e o pendurou para enforcar. Ela ainda golpeou o animal com vassouradas. Depois de cerca de dois minutos, ela observou que o gato estava morto e o jogou dentro de uma sacola e colocou dentro do lixo na rua. Ela não contou o fato aos parentes e colegas.

O cartão de memória com o vídeo foi retirado do celular e colocado na mochila esta semana e, possivelmente, foi furtado. A pessoa que obteve o cartão retirou o vídeo e o circulou pelo WhatsApp e outras redes sociais.

Com o vídeo descoberto e circulando na cidade, a adolescente ficou marcada e sofreu ameaças. “Estavam querendo linchar ela na escola. A mãe disse que vão mudar para outro estado, os colegas estão revoltadíssimos”, contou o delegado.