Os números chamam atenção em todos os sentidos. São 638 obras de saneamento básico na Bahia que custaram mais de R$ 3 bilhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em vez de aceleradas, essas obras seguem, na sua maioria, empacadas. Segundo dados do último relatório regional do PAC, divulgado no dia 30 de outubro, apenas 90 delas foram concluídas.

Para ser mais preciso: 14% do total. O resto segue em fase de licitação, de contratação ou em obras.

CRECHES E PRÉ-ESCOLAS – ITAPETINGA – BA – TIPO B

ÓRGÃO RESPONSÁVEL Ministério da Educação
EXECUTOR: Município
UNIDADE FEDERATIVA: BA
MUNICÍPIO(S): ITAPETINGA
INVESTIMENTO PREVISTO R$1.408.037,03
ESTÁGIO: Em obras
DATA DE REFERÊNCIA 30 de Abril de 2014

Há projetos que começaram em 2007 e ainda não foram finalizados, como acontece em Alagoinhas, Camaçari, Candeias, Feira de Santana, Ilhéus, Juazeiro, Lauro de Freitas, entre outros municípios. Enquanto isso, populações convivem em meio a esgoto a céu aberto por conta de um problema gravíssimo: a falta de saneamento.

Nos últimos anos, a Bahia aumentou sua rede de esgotamento sanitário, mas ainda há muito por fazer. Na avaliação do presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos, a partir do momento que há um atraso dessas obras, você condena uma população a permanecer vítima de doenças, infecções e enfermidades.

“Mais importante do que os números são as pessoas que estão nessas áreas. Há crianças brincando nesses córregos, que são esgotos a céu aberto. As obras têm como grande objetivo tirar as cidades dessa realidade. Elas são realizadas em áreas mais carentes, que não tinham saneamento, ou onde já tinha e está sendo aprimorado o que se tornou obsoleto”, diz.