PABLODepois da lambada, do axé e do arrocha, esse é o verão da “sofrência”, um estilo musical que mistura sofrimento e carência. É a velha dor de cotovelo, levada a bebida alcóolica que está bombando no Nordeste. Em qualquer esquina, em qualquer bar, é o estilo musical que mais se toca. “Tem que tocar sofrência, porque se não o show não presta. Tem que tocar sofrência”, afirma um músico.

A palavra é uma mistura de sofrimento com carência, surgiu há pouco tempo e começou com o cantor baiano Pablo. “É uma expressão romântica, é uma expressão de sentimento. Então acho que os boêmios se identificam muito, né?”, conta. É música para uma bela dor de cotovelo. “É bom, lógico. Quem não gosta de sofrer um pouquinho?”, diz uma jovem. E também para dançar: “Tem dança para esquecer a sofrência”, destaca outra.

Artistas do axé, como Ivete Sangalo, incluíram o ritmo no repertório. A sofrência caiu mesmo no gosto de muita gente porque toca profundo no coração. E, para curtir tanto lamento existe até a noite da sofrência. “Eu vi para cá porque estou sofrendo muito por amor”, revela uma jovem.

E quem nunca sofreu assim? “O coração está sofrendo muito”, diz outra mulher.

(G1)