O lucro que o pecuarista Alaor Ávila Filho tira de cada hectare de sua fazenda em Goiás aumentou dez vezes.
O segredo, diz Ávila, 44, é o boi 777 —um sistema de produção que reduz de três para dois anos o tempo em que o gado fica pronto para o abate.
Desenvolvido pela Apta (agência de tecnologia dos agronegócios da Secretaria de Agricultura paulista), o sistema já é adotado hoje em oito Estados e se baseia em uma combinação de genética, nutrição e pasto.
O nome é boi 777 porque o ciclo até o abate é dividido em três etapas nas quais, em cada uma, o animal ganha sete arrobas (105 quilos) de peso de carcaça (carne e ossos).
A média nacional de produção de gado é de 4 arrobas por hectare/ano, enquanto no novo sistema chega a 20.
Os bezerros já nascem com perspectiva de bom desenvolvimento, pois foram gerados a partir de vacas de procedência, também suplementadas.