De abril de 2012 a abril de 2016, indicador de FGV que serve como termômetro das expectativas da população com o futuro passou de seu maior nível para o mais baixoindice de confiança

O tombo do índice de confiança do consumidor em quatro anos(Arte VEJA/VEJA)

O Índice de Confiança do Consumidor, um termômetro que serve para apurar como está o estado de espírito da população com a economia do país, atingiu em abril seu menor nível histórico, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta terça-feira. Esse ponto negativo já é eloquente por si só, mas também chama a atenção a velocidade com que o declínio ocorreu: em quatro anos, o país foi do ápice do otimismo ao vale mais baixo do pessimismo.

De abril de 2012 a abril de 2016, o índice de confiança caiu exatamente pela metade. Exatos quatro anos atrás, o indicador atingiu 128,7 pontos, seu maior patamar histórico. Em abril deste ano, a pontuação desceu a 64,4 pontos.

Sem perspectivas de melhora da economia no horizonte, as expectativas só fazem piorar, como atestou a FGV. “O resultado decorre de um cenário econômico e político que parece difícil de ser resolvido rapidamente”, afirmou, em nota a coordenadora da sondagem do consumidor da FGV, Viviane Seda Bittencourt.

O gráfico, sozinho, põe em cores vivas a baixa expectativa da população com mudanças no curto prazo.