:: 5/out/2016 . 0:46
Rui desconhece investigação da Polícia Federal
O governador Rui Costa recebeu com estranheza e indignação a notícia, divulgada por alguns veículos de comunicação locais e nacionais, de que ele estaria sendo investigado pela Polícia Federal. O governador desconhece a investigação e informa que não tem qualquer tipo de informação sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (4). Também não houve qualquer procedimento legal nesse sentido.
Rui ainda garante que está à disposição da sociedade e das autoridades competentes para prestar os devidos esclarecimentos com máxima transparência sobre qualquer assunto. O governador aproveitou a oportunidade para destacar que as contas da sua campanha de 2014 foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por unanimidade, e que fez questão de deixar registradas todas as dívidas contraídas durante o processo eleitoral, não restando débitos sem registro. O fato é inédito na história de campanhas eleitorais na Bahia.
Com relação à agência de publicidade Propeg, que foi alvo da operação da PF, Rui ressaltou que nunca existiu nenhum tipo de relação pessoal ou profissional com a empresa.
Por fim, o governador disse que estará atento a manobras que visem atingir a imagem política que vem consolidando com trabalho sério e árduo à frente do governo baiano. “Talvez a alta aceitação da nossa gestão incomode. No entanto, o trabalho e a intransigente defesa dos interesses da Bahia vão continuar. As pessoas que mais precisam têm pressa”.
Sobre o conteúdo da delação premiada referente à campanha eleitoral de 2014, Rui disse que não irá comentar, pois o assunto já foi devidamente tratado pela coordenação da campanha e pelo partido.
MP aciona TIM por práticas abusivas contra consumidores
O Ministério Público estadual ajuizou, no último dia 30, ação civil pública com pedido liminar contra a empresa de telefonia TIM. Segundo a promotora de Justiça Joseane Suzart, a operadora cometeu práticas abusivas em prejuízo dos usuários ao ameaçar desativar a linha telefônica móvel pré-paga de clientes que não efetuassem recarga de créditos e ao enviar mensagens para contratação de serviços não solicitados pelos consumidores.
Conforme a ação, as mensagens enviadas apareciam na tela, a qualquer hora, sobrepondo-se às demais tarefas executadas pelo aparelho celular, e condicionavam o cliente, para fechar a janela, aos comandos “cancelar” e “ok”, em vez de “sim” ou “não”. Suzart argumenta que os termos usados como comandos induzem o consumidor a erro, pois ele estaria contratando um serviço quando tentava apenas fazer desaparecer a mensagem publicitária da tela do seu telefone.
Já quanto à ameaça de desativação, a promotora aponta que a TIM afrontou a Resolução 632/2014 da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo a norma, somente 15 dias após a notificação sobre o fim do prazo de validade do crédito o consumidor pode ter o serviço suspenso e de forma parcial. No caso da operadora, a ameaça realizada por mensagem foi de desativação da linha dias antes da data que expiraria a recarga. “Dessa forma, a acionada viola com o que propõe a boa fé e o direito à informação adequada dos consumidores”, afirmou Suzart.
Pedidos
A promotora pede à Justiça que conceda decisão liminar proibindo a TIM de enviar as mensagens publicitárias com aparição aleatória na tela dos aparelhos celulares, de modo que adote mensagens convencionais com os comandos “ok” e “cancelar” sendo substituídos por “sim” e “não”; e que obrigue a operadora a prestar informações claras e ostensivas sobre todas as características dos serviços ofertados, especialmente das mensagens enviadas aos consumidores sobre validade e expiração de créditos, conforme os prazos previstos na resolução da Anatel.
Operação da PF investiga governador da Bahia, ex-ministros das Cidades e OAS
Agentes da Polícia Federal cumpriram mandados da Operação Hidra de Lerna na sede estadual do PT em Salvador, nas empresas de publicidade Propeg e na construtora OAS, também investigada na Lava Jato. Entre os investigados da operação está o governador da Bahia, Rui Costa (PT), suspeito de ter recebido financiamento ilegal na campanha que disputou para o cargo em 2014. Outro investigado é o ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP) – atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia, cuja residência também foi alvo de buscas da PF, no bairro Itaigara.
O ex-ministro das Cidades, Márcio Fortes, também é investigado, no Rio de Janeiro. Atualmente, ele trabalha na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
A Operação Hidra de Lerna foi deflagrada em Brasília, Salvador e no Rio de Janeiro. Ao todo, são 16 mandados de busca e apreensão, deferidos pela ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), devido ao foro privilegiado de alguns investigados. A Polícia Federal não divulgou quantos mandados são cumpridos em cada cidade.
O operação investiga um grupo criminoso suspeito de prática de financiamento ilegal de campanhas e fraudes em licitações e contratos do Ministério das Cidades. Segundo a PF, a construtora OAS contratava empresas do ramo de comunicação, como a Propeg, para elaborar campanhas para o ramo da construção civil. No entanto, as empresas faziam campanhas para partidos políticos. Outra linha de investigação apura fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades.
De acordo com a PF, o nome da operação Hidra de Lerna é uma referência à figura da mitologia helênica, que ao ter a cabeça cortada, ressurgiu com duas cabeças. A investigação é fruto de três colaborações da Operação Acrônimo, e exige a abertura de dois inquéritos, pelo STJ.
Defesa
Com os dois candidatos a prefeito impugnados, Santa Cruz da Vitória pode ter novas eleições

Ao contrário do que muitos estavam pensando, Itabuna não é única cidade do interior da Bahia que está sem prefeito definido. A pequena população de Santa Cruz da Vitória também corre o risco de voltar às urnas para escolher um novo prefeito. É que os dois únicos candidatos que concorreram à prefeitura estão indeferidos, com base na Lei da Ficha Limpa. Portanto, os votos não foram considerados válidos no pleito de domingo (02).
Carlos André (PTC), o mais votado, teve a candidatura impugnada após as contas dele serem rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia, em 2008. Na época, ele era prefeito da cidade. Quanto a Geazi Alex (PP), que ficou em segundo lugar, não respeitou o prazo de desincompatibilização de cargo público. Segundo a Justiça Eleitoral, ele teria se desvincular do cargo de secretário de finanças da prefeitura de Santa Cruz da Vitória, antes da eleição e não o fez.
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Carlos e Geasi estão aguardando a decisão dos recursos |