Advogada do PCC é presa por suspeita em mega-assalto no Paraguai
A Polícia Nacional do Paraguai prendeu nesta terça-feira (2) a advogada Marcela Antunes Fortuna sob a suspeita de participação no mega-assalto à transportadora de valores Prosegur, em Ciudad del Este, no mês passado. Na ocasião, os bandidos levaram cerca de R$ 40 milhões.
Marcela já era considerada foragida da Justiça brasileira após ser um dos alvos da chamada Operação Ethos, desencadeada pela Polícia Civil e Ministério Público de São Paulo em novembro de 2016, contra o setor de comunicação da facção criminosa PCC.
Nessa operação, 35 advogados foram presos, mas Marcela e outros cinco advogados fugiram. Eles são suspeitos de transmitir recados e dados aos criminosos, inclusive para a prática de crimes. Até agora, 17 pessoas foram presas pelas polícias paraguaia e brasileira -sete foram soltos pela Justiça por falta de provas.
Um dos suspeitos presos é Wellington Tiago Miranda, 35, considerado um dos chefes do PCC no Paraguai. O assalto a Prosegur aconteceu na noite de 23 de março deste ano, quando um grupo de criminosos usou bombas e fuzis para explodir as paredes blindadas da transportadora. Ele usou armamentos que as polícias brasileira e paraguaia não dispõem, como a metralhadora .50, capaz de derrubar aeronaves.
Os bandidos chegaram a queimar carros e caminhões para impedir que policiais se aproximassem da sede da companhia. Na empresa, apenas três funcionários faziam a segurança. Um policial paraguaio foi assassinado.
Depois de pegar o dinheiro, os homens fugiram em carros pela Supercarretera, rodovia que corta Ciudad del Este e passa próximo à usina de Itaipu, até a margem do rio Paraná, numa área conhecida como Lago Itaipu. Eles então usaram dois barcos em direção ao Brasil.