Bolsonaro fala em 'união' e 'bom senso' e sugere 'revisão' da manifestação do dia 15

Durante pronunciamento na rede nacional obrigatória, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) abordou a situação do coronavírus no país e desestimulou a participação da população na manifestação pró-governo, marcada para o próximo domingo (15). Bolsonaro alertou ainda para o possível aumento do número de casos da COVID-19 nos próximos dias, mas descartou a necessidade de “pânico”. 

“Há uma preocupação maior, por motivos óbvios, com os idosos. Há também orientação das autoridades sanitárias para que evitemos grandes concentrações populares. Queremos um povo atuante e zeloso com a coisa pública, mas jamais podemos colocar em risco a saúde da nossa gente. Os movimentos espontâneos e legítimos marcados para o dia 15 de março atendem aos interesses da nação. Balizados pela lei e pela ordem demonstram o amadurecimento da nossa democracia presidencialista e são expressões evidentes de nossa liberdade. Precisam, no entanto, diante dos fatos, ser repensados, nossa saúde e de nossos familiares precisam ser preservados”, enfatizou o presidente.

Bolsonaro destacou ainda que o momento é de “união, serenidade e bom senso” e que as motivações da vontade popular continuam vivas e inabaláveis”. 

No início da noite desta quinta-feira, a organização do protesto em Salvador garantiu a manutenção da atividade até que alguma “ordem ou decreto” fosse oficialmente anunciado. Com o pronunciamento oficial do presidente, é possível que também a Bahia adie a ação. Os organizadores nacionais da propostas já haviam confirmado o cancelamento dos atos no final desta tarde. 

RK