O número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil subiu para 114 neste sábado (28), segundo dados do Ministério da Saúde. Até sexta-feira (27), eram 92 mortes.
O país registra 3.904 casos neste sábado (28) —com relação aos casos confirmados, a mortalidade da doença é de 2,9% no país. O número de registros representa um salto de 17% com relação à quinta-feira, quando eram 3.417 casos.
Trabalhadores da saúde usando equipamentos de proteção trabalham na unidade de terapia intensiva para pacientes contaminados com coronavírus no Hospital Erasme em Bruxelas, durante um bloqueio nacional na Bélgica para conter a disseminação da Covid-19
São Paulo é o estado com maior número de infectados, com 1.406 pessoas infectadas, contra 1.223 da sexta. O Rio de Janeiro aparece na sequência, com 558.
Só em São Paulo morreram 84 pessoas; outras 13 morreram no Rio de Janeiro.
Houve registro ainda de mortes no Amazonas (1), Ceará (4), Pernambuco (5), Piauí (1), Goiás (1), Paraná (2), Rio Grande do Sul (2) e Santa Catarina (1).
A primeira morte no Piauí pela doença foi confirmada na manhã deste sábado pela Secretaria de Saúde local. O prefeito de São José do Divino, Antônio Nonato Lima Gomes, morreu na madrugada de sexta-feira (27) vítima do Covid-19. Com isso, já são sete mortos no Nordeste.
A região Sudeste segue concentrando a maioria dos casos, 56,9% . Nordeste tem 16%, Sul, 13,2%, Centro-oeste, 9,2%, e Norte , 4,7%.
Nas últimas 24 horas, foram confirmados 487 novos casos da doença, um aumento de 14%. Nos últimos três dias, o número de pessoas ficou acima de 480 registros por dia.
De acordo com o Ministério da Saúde, 90% dos casos de óbitos são de pessoas acima de 60 anos. E 84% das mortes são de pacientes com ao menos um fator de risco –diabetes, cardiopatia e problemas respiratórios.
No total, desde o início do ano, são 15.140 hospitalizações por problemas respiratórios.
Conforme a Folha revelou, o Ministério da Saúde distribuiu neste sábado aos gestores estaduais da área um plano de transição à quarentena adotada para combate à pandemia do coronavírus. A proposta prevê que escolas e universidades fiquem fechadas até o fim do mês de abril, com possibilidade de extensão também para o mês de maio.
Sugere, também, que haja afastamento de idosos e pessoas de grupos de risco de atividades sociais e trabalho por três meses, além do veto a eventos, cinemas, cultos e incentivo a práticas de home office.
O plano sugere ainda que bares e restaurantes possam abrir funcionando com 50% da capacidade instalada e reforço de ações de prevenção. O tema foi discutido entre Bolsonaro e ministros na manhã deste sábado, em encontro que durou cerca de duas horas com foco em ações tomadas na semana e o afrouxamento das restrições impostas em alguns estados.
O presidente quer a liberação do comércio em todo o país. Neste sábado, a Justiça do Rio proibiu o governo federal de divulgar nas redes sociais e na imprensa a campanha #OBrasilnãopodeparar, criada para pressionar estados e municípios a suspenderem as medidas restritivas.
A Justiça do Rio derrubou nesta sexta (27), em caráter liminar, parte do decreto do presidente publicado na quinta (26) que liberava o funcionamento de igrejas e tempos e de loteria.