‘SE O BAIANO QUER CURTIR FESTA, TEM UM PREÇO A PAGAR: A MORTE’
Para o virologista Gúbio Soares, pesquisador responsável por identificar o Zika Vírus no país, as pessoas só poderão voltar a se aglomerar na Bahia em 2021.
Soares acredita que o coronavírus permanecerá ativo na população pelos próximos dois ou três anos, por isso o baiano precisará repensar o seu modo de vida, isso inclui a realização de festas de grande porte, a exemplo do carnaval.
“Não pode ter nenhuma festa com aglomerações – réveillon, festa de largo, shows. Isso tem que ser evitado e só pode acontecer em 2021, depois de uma avaliação de como estará a pandemia. Não deve ter carnaval, principalmente, porque será um desastre total. O vírus está circulando e vai continuar circulando, as pessoas vão estar infectadas e vão transmitir em qualquer aglomeração”, afirmou.
Mas não é preciso ir tão longe. Não serão apenas festas como Lavagem do Bonfim, carnaval ou réveillon que deverão ser evitadas. De acordo com Gúbio Soares, passou de dez pessoas, já é aglomeração.
“Mais de dez pessoas já é aglomeração. Se você pegar dez pessoas e colocar no mesmo ambiente, já é aglomeração para o vírus. O vírus só necessita que uma pessoa esteja infectada para transmitir para outras pessoas em qualquer tipo de aglomeração”, disse.
“É o momento de a gente reavaliar as nossas posições em nossas vidas, no sentido de festas. Temos que evitar de qualquer maneira aglomeração, porque isso vai levar a um novo pico, a uma nova pandemia impressionante no Brasil, com muito mais mortes do que a atual”.
Professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Soares identificou o Zika Vírus em 2015, junto à pesquisadora Silvia Sardi.
RK