Depois da tragédia de fevereiro, um novo temporal deixou Petrópolis, na Região Serrana fluminense, debaixo d’água na tarde do domingo 20. A área central do município novamente foi a mais castigada pelas chuvas, que cobriram de água e lama diversas vias de grande movimento. A Rua do Imperador e as praças Dom Pedro e dos Expedicionários, no coração da Cidade Imperial, mais uma vez estão inundadas e intransitáveis. Em apenas uma hora, foram registrados 118 milímetros de chuva e por duas vezes as sirenes, segundo a Defesa Civil, foram acionadas em áreas de risco para mobilizar a população. O órgão informou em boletim nesta segunda-feira, 21, que ao menos cinco pessoas morreram e quatro estão desaparecidas.

A tempestade acontece em momento em que o município mal se recuperou da catástrofe do último dia 15 de fevereiro, que deixou 233 mortos e mais de 1000 pessoas desabrigadas. No dia da tragédia, em seis horas, o índice de chuva chegou a 259 milímetros, mais do que o esperado para aquele mês inteiro. Na ocasião, a cidade viveu o caos: ruas transformadas em rios, carros e ônibus levados por cachoeiras de lama e pessoas se agarrando onde podiam para não serem arrastadas. Além da região central de Petrópolis, um dos pontos mais atingidos pelo temporal de fevereiro foi o Morro da Oficinal, onde ocorreu um imenso deslizamento de terra que fez desaparecer várias construções.

Com vários pontos de inundação devido ao novo temporal, a recomendação é que a população não tente atravessar as áreas alagadas e busque um local seguro. A cidade, que ainda tem um grande número de pessoas desabrigadas desde fevereiro, tem dezenove pontos de apoio para quem precisar sair de casa. De acordo com a Defesa Civil, a mudança nas condições do tempo em Petrópolis se deve à passagem de uma frente fria pelo Sudeste do país, provocando instabilidade. A chuva que começou a cair nesta tarde deve continuar ao longo da noite, com possibilidade de se estender até amanhã (21), quando começa a perder a intensidade.