sebrae
banner-130
engen22
mineraz
17022028_1650269021949219_7964221707426653921_n
mais acessadas

:: 2/abr/2022 . 12:59

NO DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO, ENTENDA OS PRINCIPAIS SINTOMAS DO TRANSTORNO E COMO ELE É IDENTIFICADO

Falar sobre autismo facilita busca por diagnóstico e melhora da qualidade de vida

“Uma das coisas que me levou a procurar atendimento profissional foi o fato de chegar aos 18 anos de idade e não ter amigos”. A fala de Tiago Abreu, de 26 anos, é sintomática da realidade das pessoas que recebem o diagnóstico de autismo apenas na idade adulta e, durante muitos anos, vivem sem entender porque se sentem socialmente desconexas.

O TEA (Transtorno do Espectro Autista) pode se apresentar de diversas formas e intensidades, mas a dificuldade de comunicação e interação social é geralmente uma característica compartilhada por todos os autistas, conforme explica a neuropsicóloga Joana Portolese, coordenadora do Ambulatório de Autismo do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

“O autismo é um transtorno relativamente comum, praticamente uma a cada 44 crianças tem. O diagnóstico é importante porque trabalha no sintoma que são as dificuldades de entender o que está se passando na cabeça do outro, as sutilezas, as entrelinhas, entender as pessoas se olhando. Porque são processos que já são alterados desde a amamentação do bebê com a mãe”, ressalta a especialista.

O autismo pode ser diagnosticado desde os 16 meses de idade da criança, segundo a neuropsicóloga, mas, no geral, as primeiras observações por parte dos pais são relatadas a partir do segundo ano de vida, e o diagnóstico na infância ocorre por volta dos quatro anos.

“Já aos seis meses podemos observar algumas características, como poucas expressões faciais, baixo contato ocular, ausência de sorriso social e pouco engajamento sociocomunicativo. Geralmente as mães falam que chamam, dão risada, e a criança não responde, e isso acaba sendo um ciclo vicioso onde a mãe também deixa de estimular por pensar que é o jeitinho do bebê”, explica Joana.

Além disso, a falta de gestos convencionais, como dar tchau, falar as primeiras palavras, ou mesmo movimentos motores repetitivos durante os primeiros anos de vida da criança também podem ser indicativos do transtorno.

“Até a percepção dos pais chegarem na efetividade de um diagnóstico, levamos de quatro a cinco anos, e isso significa que acabamos perdendo uma janela de desenvolvimento dessa criança, que é um momento muito rico do desenvolvimento cerebral. Esses primeiros anos são muito importantes para estimular e para intervir, porque o diagnóstico precoce vai possibilitar que os pais busquem informações consistentes sobre autismo e também que se capacitem para essa estimulação”, afirma a médica.

No caso de Tiago, que comanda o primeiro podcast brasileiro produzido e apresentado por autistas – o Introvertendo – o diagnóstico aos 19 anos proporcionou não apenas a melhora da qualidade de vida, como um mergulho no autoconhecimento.

O diagnóstico de autismo não foi um rótulo, foi a constatação de várias coisas na [minha] vida que já existiam e não tinham um nome. De lá pra cá, têm sido os melhores anos da minha vida, pude construir mais amizades, minha vida social mudou bastante e comecei a desenvolver mais habilidades”, afirma.

Além disso, ele também é autor do livro “O que é neurodiversidade?”, termo usado pela primeira vez em 1998 pela socióloga australiana Judy Singer, que aborda o autismo e outros transtornos neurológicos como características inerentes ao ser humano, e não como doenças que precisam de cura.

O termo também dá nome ao movimento que atua pela busca de direitos e para desestigmatizar os transtornos do neurodesenvolvimento. Para Tiago, abordar o tema em primeira pessoa é importante para aproximar o autismo do cotidiano e para fortalecer as pessoas que se identificam ou são identificadas com o diagnóstico.

“O autismo está no dia a dia das pessoas, só que muitas vezes elas não percebem, às vezes é um colega de trabalho ou um parente que é meio esquisito, mas que se sabe muito pouco, porque são pessoas que tiveram ao longo da vida vários problemas de socialização e de baixa autoestima muitas vezes por causa das dificuldades que teve. As experiências de outros autistas ajudam essas pessoas a se conhecerem e a melhorarem a sua jornada”, afirma.

Como é feito o diagnóstico

Não existe um exame específico para diagnosticar o autismo e sim uma série de avaliações que preenchem requisitos sintomáticos do espectro. Essa avaliação pode ser, entre outras, a neuropsicológica, que considera o nível cognitivo e a demanda da cognição social da pessoa; ou mesmo uma avaliação fonoaudiológica, para observar a linguagem e o repertório para a comunicação.

O diagnóstico é feito por um psiquiatra da infância e adolescência, por um neuropediatra ou um neurologista.

“Muitas vezes o médico pode dizer que não vai fechar um diagnóstico, que o quadro não é tão claro, mas essa intervenção precoce que vai fazer a diferença. Hoje as intervenções visam a abordar os prejuízos centrais associados ao autismo”, explica Joana.

As intervenções baseadas em evidências podem ser a ABA (análise do comportamento aplicada, na tradução do inglês), a terapia cognitiva comportamental, exercícios como musicoterapia e integração sensorial, intervenção fonoaudiológica e, em alguns casos, a criança pode pode precisar de um acompanhante terapêutico na escola para um melhor aproveitamento no aprendizado.

No caso das crianças, a especialista ressalta que elas podem apresentar dificuldades na linguagem, no comportamento adaptativo e no desempenho acadêmico, além de comportamentos disruptivos e episódios com rompantes de agressividade, o que influencia na aprendizagem e na qualidade de vida.

“Em crianças diagnosticadas com autismo por volta dos seis anos, encontramos uma frequência alta de transtorno de ansiedade, de déficit de atenção e hiperatividade, fobias específicas e também o transtorno opositor desafiador. Já no adulto, geralmente tem ansiedade, fobia social, depressão e o transtorno obsessivo compulsivo. No autismo, a comorbidade acaba sendo regra”, afirma a especialista.

Os graus do autismo

:: LEIA MAIS »

ATENÇÃO!!!!!!!!! TRE/BA REALIZARÁ ATENDIMENTO ITINERANTE EM ITAPETINGA

Como tirar, transferir ou regularizar título eleitoral. Prazo termina no  dia 4 de maio - PREFEITURA MUNICIPAL DE VILA PAVÃO - ES

O TRE/BA estará realizando atendimento itinerante na cidade de Itapetinga nos dias 06 e 07 de abril.
O atendimento será realizado por meio do caminhão do projeto “TRE em todo lugar”, resultado da parceria com a Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), que estará estacionado no CENTRO SOCIAL URBANO SÃO JOSÉ – CSU de Itapetinga, localizado na Rua Guanabara, s/n, Bairro Clodoaldo Costa.
Na quarta (06/04), o funcionamento será das 14h às 19h. Já na quinta-feira (07/4), o serviço será fornecido das 8h às 19h.
Basta comparecer levando documento de identidade original, comprovante de endereço atualizado(emitido há, no máximo, três meses) e, para as pessoas do gênero masculino que forem fazer o título pela primeira vez, e que completaram ou completam 19 anos em 2022, apresentar o comprovante de quitação militar.
Aproveite essa oportunidade!
Só poderá votar nas eleições deste ano quem tirar o título ou, estando com o documento cancelado, regularizá-lo  até o dia 04 de maio.

RK

Book-Center-Itapetinga
cardioset
banner-12
banner--engenharia
ecologicar
mineraz


WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia