CRESCIMENTO DE TRUMP LIGA ALERTA NO GOVERNO LULA, QUE PREPARA BLINDAGEM
A possibilidade de uma vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos EUA, em novembro, já mobiliza o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Longe do foco, o Planalto traça cenários, busca alternativas e se prepara para ter de conviver, nos próximos anos, com o republicano na liderança da maior superpotência.
Lula já declarou que torce por uma vitória de Joe Biden. Ainda que a relação entre os dois chefes de Estado não tenha decolado, como parte da diplomacia brasileira esperava, ela foi considerada como “correta”.
Fontes no Palácio do Planalto indicaram ao UOL que, com a posse eventual de Trump, não caberá ao Brasil modificar sua política externa. Mas haverá um acompanhamento intenso sobre todos os passos que o Executivo americano tomar, sempre na expectativa de se preparar para eventuais dificuldades ou turbulências.
Pessoas próximas ao presidente Lula insistem em relatar como ele conseguiu estabelecer uma relação pragmática com o republicano George W. Bush, apesar de discordar profundamente sobre vários dos pontos da agenda internacional do americano, da guerra no Iraque e de seu posicionamento sobre Hugo Chávez.
Desta vez, porém, há uma diferença fundamental: o novo grupo faz parte de uma rede mundial que vem, na visão de políticos europeus e latino-americanos, questionando as próprias regras internacionais, os acordos e o Estado de Direito. Aliados de Trump, como Steve Bannon, têm usado programas nas redes sociais para atacar Lula, ciente de que se trata de uma peça chave entre os movimentos progressistas no mundo.