A documentação foi enviada pelos estados da Bahia e do Maranhão, que tentam a autorização para importar o imunizante
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu, nesta sexta-feira (21), nova documentação da Sputnik V enviada pelos estados da Bahia e do Maranhão. Em nota, a agência informou que o documento será anexado ao pedido de importação do imunizante.
Atualmente, a Anvisa avalia o pedido de importação realizado pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, além do segundo pedido feito pelos estados da Bahia, Maranhão, Ceará, Sergipe e Pernambuco.
Na ocasião, o gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, afirmou que o fabricante da Sputnik V não apresentou todos os dados de análise de segurança da vacina, além de não ter demonstrado que controla de forma eficiente o processo para evitar outros vírus contaminantes durante a produção do imunizante.
Outro ponto observado pela área técnica foi a possibilidade de replicação do adenovírus utilizado para levar o material genético do coronavírus para o corpo — o contrário do efeito que se pretende com a imunização.
Na última quinta-feira (20), a União Química Farmacêutica, representante da Sputnik V no Brasil, desistiu de desenvolver os estudos clínicos da vacina no país. A desistência não diz respeito ao pedido de uso emergencial, que se trata de um processo diferente de autorização.