São esperadas ao menos 12 mil pessoas no terceiro protesto de 2014 contra a realização da Copa do Mundo. A concentração do ato, organizado pelo Facebook, está marcada para esta quinta-feira (13), às 18h, no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
É o primeiro protesto do ano realizado em dia útil e horário de pico. Na tarde de terça-feira a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que não preparou esquema especial de monitoramento do trânsito na região. Os manifestantes não informaram qual o trajeto que a marcha deve seguir.
Segundo os organizadores, o protesto, desta vez, terá como tema principal o transporte público, o mesmo que motivou as grandes manifestações do ano passado.
“Nesse dia 13, quinta-feira, nos reuniremos pelo direito ao transporte 24 horas, redução da tarifa para R$ 2,50 e pela abertura da CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] do cartel nos transportes, alem de mais transparência na elaboração e divulgação das planilhas de custo -apresentadas pelas empresas de ônibus para justificar a tarifa subsidiada-, fiscalização mais rigorosa das empresas e novos critérios de licitação e contratação das empresas”, informou o grupo ao iG.
Este é o terceiro protesto contra a realização da Copa do Mundo no Brasil realizado em São Paulo neste ano.
Veja imagens do último protesto:

No primeiro ato, no dia 25 de janeiro, aniversário da cidade, policiais militares balearam o estoquista Fabrício Chaves, de 23 anos. Após levar dois tiros, Chaves ficou internado por 16 dias na Santa Casa de Misercórdia de São Paulo- cinco deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Além disso, houve depredação e 128 pessoas foram presas.
A PM informou, na ocasião, que Chaves teria ameaçado policiais militares com estilete, que atiraram contra o jovem. Chaves disse, em depoimento, que só sacou o estilete após ser baleado. O caso está sendo investigado pelo 4º DP (Consolação) e pela corregedoria da corporação.
No segundo protesto contra a Copa, realizado no último dia 22, a Policia Militar usou, pela primeira vez, a chamada “Tropa do Braço”, grupo formado por 140 policiais militares não armados e treinados em artes marciais. Durante o protesto, que contou mais de 2.000 policiais e cerca de 1.500 manifestantes, a policia fez cercos e isolou os protestantes, impedindo que muitos deles prosseguissem a marcha. Pelo menos 230 pessoas- incluindo cinco jornalistas- foram levadas a quatro delegacias para “averiguação” e liberados após prestarem depoimento. Houve quebra-quebra e confrontos.
Após a operação, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) considerou a ação da PM um sucesso, pois houve “menos confronto e menos violência”, disse ele, em entrevista coletiva.
Até o fechamento desta matéria, a PM não respondeu se vai manter a estratégia usada durante o último protesto.
























