A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ganhou força em novembro – e seguiu acima do teto da meta estabelecida pelo governo pelo quarto mês seguido.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 0,51% em novembro, acima da taxa de 0,42% do mês anterior.
Em 12 meses, o indicador acumula alta de 6,56%. Desde agosto, esse índice se mantém acima de 6,5%, o teto da meta. Após a divulgação dos resultados do IPCA, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou apenas que o resultado “foi bom”.
Pelo terceiro mês seguido, a carne foi o item que mais pesou na alta da inflação em novembro, contribuindo com 0,09 ponto percentual da taxa. Os preços subiram em média 3,46% em novembro, mais que em outubro (1,46%) – e acumularam alta de 17,81% no ano e de 20,56% em 12 meses.
A carne representa 2,7% do IPCA, de acordo com o IBGE. A seca nos pastos e a exportação do produto, principalmente para a Rússia, são as explicações para a elevação nos preços, não só da carne, mas de queijo e frango. Com os resultados, alimentação e bebidas foram responsáveis por 37% do IPCA de novembro, com a maior variação e o maior impacto no mês.
Em segundo lugar no ranking dos principais impactos vem a gasolina, que contribuiu com 0,07, refletindo, nas bombas, o reajuste praticado em 7 de novembro.