tubarao marteloEstá circulando nas redes sociais a foto de um suposto Tubarão-martelo, capturado, após encalhar na região próximo ao Rio Piracanga, na praia do Pontal cerca de 10 km ao norte de Itacaré, a localidade é praticamente deserta. O animal, que estava bastante magro, tinha aproximadamente dois metros de comprimento.

Na semana passada um outro Tubarão-martelo foi capturado por pescadores em Ilhéus, cerca de 65 km ao sul de Itacaré. Os tubarões são injustamente vistos como os vilões do mar, porém, são protagonistas indispensáveis ao equilíbrio ambiental.

Por estarem no topo da cadeia alimentar, contribuem para o controle das populações das espécies que são suas presas e, muitas vezes, alimentam-se de animais doentes e velhos, proporcionando saúde aos oceanos, o que também afeta positivamente as nossas vidas. Como exemplo, pode ser citado um problema ocorrido no final da década de 80 na Austrália. Por conta da pesca predatória de algumas espécies de tubarão, houve um aumento intenso na população dos polvos; estes consumiram um número bem maior de lagostas e outros crustáceos, gerando escassez em seu fornecimento e uma séria crise na indústria da pesca. O indivíduo capturado no Piracanga foi da espécie Cação-panã (Sphyrna mokarran).

É considerado vulnerável pelo Conselho Científico da Pesca da Austrália e em perigo pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza). Sua captura se dá, principalmente por conta do comércio internacional de barbatanas, que normalmente são arrancadas com o animal ainda vivo, para que sejam utilizadas como iguaria na culinária japonesa e chinesa. No Brasil, a pesca predatória também acontece por conta do hábito se se comer “cação”, que nada mais é do que tubarão quando ainda é filhote. Segundo a IUCN, um quarto de todas as espécies de tubarão e de suas parentes próximas, as arraias, estão ameaçadas de extinção.

Fonte: Itacaré Urgente