:: ago/2015
De smartphones, índios aderem às redes sociais em reserva na Bahia
“É a forma mais rápida de a gente se comunicar. A gente já está civilizado mesmo, né? Então, tem que usar”
Na mão direita, o psicopedagogo Lymbo Perigipe, 39 anos, segura um smartphone com sistema operacional Android. Como muitos brasileiros, está insatisfeito com a cobertura da operadora de telefonia. “Quando a gente vai mandar as mensagens no WhatsApp para os amigos, nem dá para responder. Fica avisando que já gastou 80% do 3G, depois vem 100% e acabou tudo. Essa operadora fica roubando meus créditos”, queixa-se.
Até aí, nada muito diferente. Mas, na mão esquerda, Lymbo ostentava uma chanduka – um cachimbo típico da tribo indígena Fulniô. “São dois meios de comunicação”, diz, referindo-se tanto ao celular quanto ao apetrecho. “Esse aqui é para se comunicar com a natureza, que é a nossa espiritualidade, e esse aqui (o smartphone) é para falar com vocês que não sabem fazer sinal de fumaça”, brinca, apontando para os não-índios que visitavam a reserva indígena Thá-fene, em Lauro de Freitas, na quarta-feira.
Só que o sinal de fumaça já ficou antiquado para contatar quem ficou nas aldeias. Índio também quer fazer parte do mundo do Facebook e do WhatsApp. “A gente usa Skype também. Dos mais novos, todo mundo tem. Agora, os velhos não têm, não. Eles dizem ‘isso é coisa do cão’”, conta a índia Cynthia Santos, 22, que é dos Kariri Xocó, mas veio para a Thá-fene pela primeira vez há dez anos.Lymbo é um dos 12 índios que vivem no local, que fica a pouco mais de 10 quilômetros do centro do município da Região Metropolitana de Salvador. Em um terreno de 28 mil metros quadrados, membros de duas etnias – Fulniô, de Pernambuco, e Kariri Xocó, de Alagoas – convivem como uma pequena sucursal de suas tribos originais. Aqui, a reserva virou ponto de encontro desses índios, que têm como traço marcante de sua cultura o fato de serem nômades. Em algumas épocas do ano, a reserva chega a receber 40, 50 índios de uma vez.
“É a forma mais rápida de a gente se comunicar. A gente já está civilizado mesmo, né? Então, tem que usar. Se acontece alguma coisa, a gente fica sabendo na mesma hora”.
Conexão
Na Thá-fene, não existe Wifi. Apesar de terem um modem de internet para computador, a melhor opção para eles é a internet 3G dos celulares – para infelicidade de Lymbo. O líder da tribo (ele não quer ser chamado nem de pajé, nem de cacique), Wakay Cícero Pontes, 41, usa a conta que tem no Facebook há cinco anos para divulgar oficinas realizadas pela tribo, além de seu próprio trabalho como cantor. Wakay já gravou um CD e chegou a vender 17 mil cópias, com músicas escritas, cantadas e tocadas por ele em sua flauta.
“Tá ali a televisão, o celular, todo mundo agora com a mente ocupada. Mas eu crio metas, crio movimentos onde se interaja, para passar por uma reciclagem”, conta ele, enquanto mostra, na TV de LCD, vídeos de apresentações de música que fez este ano, gravados em um pendrive. Mas ele garante que, apesar de toda a tecnologia que chega na reserva – na cozinha, por exemplo, há até uma sanduicheira elétrica –, os costumes tradicionais não mudam.
Nas paredes, há pinturas e palavras escritas em yatê, a língua original das tribos. No centro da sala, ao lado da televisão, várias flechas, flautas, arcos, pedras e peças de artesanato parecem compor um santuário. “Mas isso aqui é meu armário”, diz Wakay, enquanto mostra seus instrumentos e até um pedaço de meteorito, que teria caído na mata há alguns anos.
“Você não pode chegar na casa de um indígena de origem e só encontrar geladeira, televisão”, acredita Wakay. Para ele, as características do resgate e da preservação da identidade, “cabe a cada um se conscientizar”. “Por que não juntar o útil ao agradável? O que tem a ver tecnologia e responsabilidade cultural? Elas estão juntas”, conclui.
Os índios garantem que ninguém deixa de fazer nenhuma obrigação da aldeia devido à vida na cidade. Na época do Ouricuri, um dos principais rituais tanto dos Fulniô quanto dos Kariri Xocó, não tem internet, celular e televisão. “Quando a gente está lá, isso daí é abominado. Não existe, até porque não tem energia, luz, essas coisas. É tudo natural. A gente vai para a mata para carregar as energias e fica afastado de tudo. Só tem fogueira e mata”, conta a índia Cynthia. O Ouricuri pode durar até três meses e só índios têm permissão para participar. No caso dos Fulniô, acontece em setembro. Já para os Kariri Xocó, em janeiro.
E, mesmo chateado com a falta de 3G, Lymbo diz que o tempo da família é sagrado. “A tecnologia ajuda muito, mas a gente não pode viver em função disso, porque rouba nossa energia. Nós temos que ensinar as crianças a valorizar a própria energia”, filosofa.
Veja vídeo:
IGREJA TABERNÁCULO DE ISRAEL, 10 ANOS DE MINISTÉRIO.
A IGREJA TABERNÁCULO DE ISRAEL, completou 10 anos de ministério, em sua sede própria na rua Vasco da Gama, bairro Primavera, nos dias 29 e 30 de agosto, foram realizadas as comemorações.
No dia 29 de agosto começou a festividade com o ato simbólico, a entrada da Arca da Aliança.
Em seguida, apresentação dos jovens, senhoras da sede e da congregação. Dando continuidade, a cantora gospel da cidade de Porto Seguro-Ba, Joelma Dias, ministrou o louvor, continuando a palavra foi ministrada pelo Pr. George Costa, de Vitória da Conquista-Ba.
No encerramento, dia 30 de agosto a palavra foi ministrada pelo Pr. Agnaldo Vieira da cidade São Paulo-SP.
Na TV, Temer dirá que ‘PMDB não tem medo da verdade que virá’
Em uma série de inserções que o PMDB exibirá nesta semana na TV com a temática “a verdade é sempre a melhor escolha”, o vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer, afirmará que sua legenda “não tem medo da verdade que virá”. O peemedebista, que permanece na articulação da macropolítica do Palácio do Planalto, é um dos 11 líderes do PMDB que protagonizarão as oito diferentes propagandas produzidas para veicular na televisão.
Além de Temer, irão estrelar as inserções do partido os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), entre outros caciques peemedebistas. Os vídeos serão veiculados na terça (1º), quinta (3) e sábado (5), segundo a agência Pública de Comunicação, responsável pela produção dos filmes. Cada propaganda tem duração de 30 segundos.
Na sequência, Temer destaca: “o PMDB não tem medo da verdade que virá”. A propaganda se encerra com a mensagem de um locutor: “O Brasil quer e vai avançar.” Vice-presidente protagonizará uma das oito inserções que o partido exibirá.
Em nenhuma das oito inserções os líderes do PMDB mencionam qual seria a verdade que estaria por vir ou mesmo o motivo de as propagandas focarem o tema “verdade”.
Jovem de 25 anos morre carbonizado após colisão entre carro e caminhão
Um jovem de 25 anos morreu carbonizado após carro que dirigia colidir com com um caminhão baú, na manhã deste domingo (30), na BR 116 Norte, na cidade de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador.
Segundo informações da polícia, o condutor teria tentado entrar na Estrada da Matinha quando sofreu o acidente. O caminhão baú transportava uma mudança.
Na colisão, o carro dirigido pelo jovem foi arrastado por vários metros e, em seguida pegou fogo. As chamas também atingiram o caminhão. Os veículos ficaram completamente destruídos.
O jovem ficou preso ás ferragens e morreu carbonizado. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e retirou o corpo das ferragens. O condutor do caminhão saiu do veículo antes que as chamas se alastrassem e não ficou ferido.