PRISCOQuatro policiais militares que participaram da greve da categoria em 2012 foram demitidos da corporação, segundo as informações divulgadas, nesta quarta-feira (14), pela Associação dos Policiais e Bombeiros Militares e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), confirmadas pela corporação da PM.

A Aspra acusa que a PM ignorou o acordo com policiais militares firmado em 2014, que previa a anistia a todos os integrantes do movimento de 2012. Segundo a PM, as demissões ocorreram em 28 de setembro e na sexta-feira (9). Os atos foram divulgados no Boletim Geral Ostensivo (BGO), sistema de comunicação interna da corporação. Por meio de nota, a Polícia Militar defendeu que as demissões publicadas não ferem o ajuste firmado em 2014, pois o acordo não abrangia os atos praticados com violência ou que faziam apologia à violência. Segundo a PM, os demitidos têm relação com os atos violentos praticados no período da greve. No entanto, a corporação não detalha como teriam sido as ações.

Segundo a PM, dos 36 policiais militares acusados de cometerem atos contra a administração da polícia do estado, quatro casos foram de maior gravidade e repercutiram de forma direta nos “preceitos da instituição”. O deputado estadual Marco Prisco (PSDB), líder do movimento e fundador da Aspra, negou que os quatro demitidos tenham relação com atos de violência. Entre eles, estão uma mulher e três homens, sendo que dois são diretores da Aspra – um de Salvador e um de Feira de Santana.