1084131

Um grupo de cientistas da Universidade Nacional e Técnica de Atenas, em conjunto com uma equipa da Sociedade National Geographic, está a analisar e a restaurar a Edícula da Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, local onde Jesus foi sepultado depois de ser crucificado, segundo a fé cristã. O objectivo é perceber a forma original do local e reconstituir a história da transformação daquele espaço enquanto local sagrado.jardim-do-tumuloO espaço estará fechado desde 1555 e foi aberto pela equipa de investigadores no início desta semana. Coberto por placas de mármore, ninguém podia aceder directamente ao local onde Jesus, de acordo com o Novo Testamento, foi deitado depois de morto, num sepulcro cavado na rocha, perto do lugar de Gólgota, que teria pertencido a José de Arimateia, um homem rico e membro do sinédrio.

O local onde Jesus foi sepultado foi provavelmente esculpido nas paredes laterais de uma caverna de calcário, por volta do ano 33 d.C.. Depois de retiradas as placas de mármore que cobriam a “cama”, os investigadores ficaram surpreendidos com o estado do espaço, aparentemente intacto. Fredrik Hiebert, arqueólogo, disse à National Geographic que “vai ser uma longa análise” mas que finalmente se poderá estudar este local arqueológico.images

Antonia Moropoulou, investigadora grega, disse ao National Geographic que as técnicas utilizadas para documentar este monumento vão permitir que outros investigadores estudem o local “como se eles mesmos estivessem no túmulo de Jesus”.

O pedido dos cientistas foi aprovado pelas seis instituições religiosas que gerem o sítio: a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Católica Romana, a Igreja Ortodoxa Arménia, os Ortodoxos etíopes e duas comunidades coptas – uma egípcia e outra síria. Estas instituições, que obedecem ao que foi regulamentado pelo acordo Status Quo, de 1852, esperam que a equipa de cientistas atenienses restaure o local depois de acabadas as investigações, em Março de 2017.