Esta foi a terceira eleição em que o radialista e ex-deputado estadual disputou o cargo. Zé Raimundo foi derrotado com 42% dos votos, encerrando ciclo de 20 anos de governos do PT no município. Após fim da apuração das urnas, o candidato pelo PMDB, o radialista Hérzem Gusmão Pereira, 68 anos, foi eleito pela primeira vez prefeito do município de Vitória da Conquista. Irma Lemos será sua vice.b65aynmApós mais de 60 dias de pré-campanha e período de disputa autorizado pelo TRE, finalmente a cidade já sabe quem irá governá-la pelos próximos 4 anos. Em um primeiro momento, cogitou-se que a eleição viria em 1º turno.

Mas o 2º turno ocorreu e serviu apenas para confirmar que Hérzem é a escolha da maioria da população, para governar a 3ª maior cidade da Bahia. Uma pesquisa divulgada na noite deste sábado, já indicava sua vitória. Com informações do  Blog do Marcelo

Vitória na 3ª tentativa ao cargo

Desde o pleito de 2008, Herzem Gusmão vinha disputando o cargo. Nas primeiras duas vezes, perdeu para o atual prefeito, Guilherme Menezes (PT), sendo que em 2012 a disputa foi para 2º turno, fato surpreendente e inédito no interior da Bahia. Em 2014, Herzem disputou o cargo de deputado estadual, mas não obteve votos suficientes. Entretanto, em março de 2015, o deputado Bruno Reis (PMDB) se licenciou da sua cadeira na ALBA, para assumir secretaria no governo de ACM Neto, em Salvador. Suplente, Herzem Gusmão assumia pela primeira vez um cargo público, como deputado estadual. Esta cadeira na Assembleia ajudou a dar projeção e a impulsionar o radialista nesta corrida que lhe alçou à Prefeitura. Desde já, Herzem é o mais novo cacique político do Sudoeste.

Herzem Gusmão Pereira nasceu em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, a 2 de junho de 1948, filho de Eunildo Gusmão Pereira e Zilda Gusmão Pereira. Ele é casado com Luci Freire Gusmão, com quem teve três filhos. Recentemente, se tornou avô, pela primeira vez. Formado em Jornalismo, Gusmão exerceu as funções de repórter e radialista, pela Rádio Clube de Conquista, nos últimos anos sempre sendo apoiado pela saudosa empresária Maria Emília Caminha de Castro, falecida neste ano.

Desde 1973, comandou o programa de maior audiência na rádio do Sudoeste, a “Resenha Geral”, programa que lhe deu projeção e popularidade. Na “Resenha”, Herzem lutou diariamente por Vitória da Conquista, expressou sua opinião pelos mais diversos assuntos e combateu o que achava errado na cidade. Também nesse período foi um árduo amante e incentivador do esporte, cobrindo praticamente todos os eventos relevantes do segmento, na região.

Ainda apresentador da Resenha Geral, em 1995 Herzem fez sua primeira incursão na política, filiando-se ao PSB, partido no qual teve vínculo por 12 anos. Entretanto, em setembro de 2007, ele oficializou seu rompimento com o grupo político que comandava a Prefeitura de Vitória da Conquista, liderado pelo PT, filiando-se ao PSDB, partido arquirrival dos petistas. Um ano depois, disputou pela primeira vez o cargo de prefeito, perdendo para Guilherme Menezes, apesar da boa votação que teve na época. Dois anos após se tornar “tucano”, Gusmão rompe com o PSDB e se alia aos irmãos Geddel Vieira Lima e Lúcio Vieira Lima, filiando-se ao PMDB em 2009, seu atual partido e do qual rapidamente se tornou presidente municipal. Na sigla, disputou quatro outras eleições: 2010, 2012, 2014 e 2016 quando, finalmente, venceu o pleito ao cargo que mais almejou.

Herzem Gusmão Pereira tomará posse no próximo dia 1º de janeiro de 2017, com o desafio de tornar sua gestão um modelo de qualidade, eficiência e transparência. Nos debates da TV Sudoeste, ele prometeu trabalhar “só com os melhores”, citando o prefeito ACM Neto, de Salvador, de quem adotará o mesmo modelo administrativo. Já nesta segunda-feira (3) ele começa o chamado “governo de transição”, período em que escolherá os nomes que ocuparão cargos-chave na Prefeitura. Também receberá, do grupo que deixa o comando do município, todas as ações que se encontram em andamento, como obras, licitações, projetos, programas, convênios, etc. Herzem assume o comando do terceiro maior município baiano, tendo apenas 3 meses para abrir e examinar todo conteúdo da “caixa-preta” da PMVC. Uma tarefa nada fácil, mas que no qual, certamente, o novo prefeito mergulhará de cabeça, caso queira cumprir todas (ou a maioria) das promessas que fez na campanha para ser prefeito, pelo menos nos próximos 4 anos.