Virou praxe no Brasil que os novos gestores municipais recebam as prefeituras em situação precária e tenham que utilizar os primeiros meses do mandato numa busca incessante da resolução de prioridades, desde quando não se podem resolver tantos problemas crônicos em curto espaço de tempo. Em Itapetinga infelizmente não foi diferente. Ao assumir a Prefeitura em janeiro Rodrigo Hagge encontrou a Secretaria de Educação em uma situação bastante complicada.

A estrutura física da maioria das escolas municipais está comprometida, com necessidade de pintura, recuperação hidráulica e elétrica e mobiliário em condições precárias. Da frota de veículos da Educação 90% foi entregue com problemas ou sem condições de uso. A escola Maria Amélia está interditada pelo Ministério Público por colocar em risco a integridade física dos alunos e professores, a escola Dona Geni em Bandeira também com risco de desabamento. 80% das escolas apresentam problemas na estrutura do telhado, sendo que em algumas chove mais dentro do que fora das salas.

A Secretaria de Educação herdou débitos de mais de 500 mil reais com fornecedores, débito na aplicação de mais 500 mil reais nas construções das duas creches em andamento, folhas de pagamento de funcionários com atraso do mês de dezembro e décimo terceiro. Nesse cenário, restou à Secretaria de Educação elencar as prioridades extremamente necessárias ao início das aulas, como garantia de matrícula, contratação de pessoal, contração de veículos para o transporte escolar rural, compra de merenda escolar desde o primeiro de aula, fornecimento de mobiliário adequado, etc., escalonando as outras demandas para resolução assim que for possível.

Apenas no que diz respeito ao mobiliário, mais de 2.000 carteiras e outros móveis escolares foram completamente reformados em tempo recorde, permitindo que os mais de 11.000 alunos da rede municipal pudessem iniciar o ano letivo em condições adequadas em todas as escolas municipais da sede, distritos e escolas do campo.